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Friale prevê calor intenso, chuvas e até frio polar para outubro no Acre

Friale prevê calor intenso, chuvas e até frio polar para outubro no Acre

Foto: Iryá Rodrigues

Outubro é o mês do clima imprevisível no Acre, pelo menos, segundo avaliação do pesquisador climático Davi Friale. As incursões de ar polar devem derrubar a temperatura, trazendo sensação de frio mesmo no meio do calor. Entre temporais, raios e ventanias, os acreanos devem se preparar para dias de extremos e mudanças repentinas. As informações foram divulgadas ainda nesta terça-feira, 30, no site O Tempo Aqui.

O Acre entra em outubro vivendo a típica transição entre o período seco do inverno e o verão chuvoso. Segundo Friale, o mês combina dias escaldantes e secos com dias úmidos e chuvosos, além de episódios de frio repentino provocados por incursões de ar polar.

“As massas de ar quente e úmido, junto ao aumento da insolação com dias mais longos, geram calor intenso e turbulências atmosféricas. Isso significa temporais, raios, ventanias e, em alguns casos, até queda de granizo, com potencial de causar transtornos à população”, explica Friale.

Historicamente, as ondas de frio polar podem derrubar a temperatura a níveis surpreendentes: nos últimos 60 anos, Rio Branco registrou 12,4ºC, enquanto Tarauacá marcou 13,1ºC. Por outro lado, o calor segue predominante, com médias de chuva aumentando em relação a setembro. Em Rio Branco, os dias de chuva sobem de 7 para 10; em Cruzeiro do Sul, de 8 para 13; e em Tarauacá, de 8 para 14.

O recorde de chuva em 24 horas também impressiona: 102,2mm em Rio Branco, em 1986, e 109,8mm em Cruzeiro do Sul, em 1956. As cidades do vale do rio Acre, como Rio Branco e Epitaciolândia, registram os maiores aumentos de precipitação em outubro.

Para este mês de 2025, Friale aponta que não há expectativa de eventos extremos além do histórico das últimas seis décadas. “Nos primeiros dez dias de outubro, duas incursões de ar polar podem provocar chuvas intensas na maior parte do estado, inclusive em Rio Branco, mas o mês deve seguir dentro da normalidade climática”, finaliza o pesquisador.

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