
O governador Gladson Camelí (PP) comentou nesta quinta-feira, 30, sobre o julgamento marcado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), para o próximo dia 19 de novembro, referente à ação penal que o investiga por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e fraude em licitação.
“Meu amigo, graças a Deus que me marcaram pra acabar de uma vez com toda coisa imbróglio, essa interrogação no estado. Eu sou super tranquilo porque quem não deve não teme. Venho de uma família tradicional, de uma família que sempre foi empresarial, eu não preciso furtar nada dos órgãos públicos. Agora o mais interessante é que quando houve toda essa manipulação de toda essa operação que ocorreu, ninguém se perguntou quem era quem no Jogo do Bicho. Então eu estou muito tranquilo, dia 19 eu confio na Justiça e vocês verão. Eu confio muito na Corte Especial. Então eu sou super tranquilo. Quem não gosta muito disso aí, e quando eu digo que sou super tranquilo, são meus adversários”, afirmou o governador.
O processo tem origem na Operação Ptolomeu, conduzida pela Polícia Federal desde 2019, e envolve supostas irregularidades em um contrato de R$ 24,3 milhões firmado em 2019 entre o governo do Acre e a empresa Murano Engenharia, de Brasília, para manutenção predial.
Segundo a denúncia, a empresa não tinha atuação prévia no Acre e teria sido contratada por adesão a uma ata de registro de preços de um instituto de Goiás, o que permitiu a dispensa de licitação.
Um dia após a assinatura do contrato, a Murano subcontratou a Rio Negro, empresa sediada no Acre e com participação de Gledson Cameli, irmão do governador. De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), a operação configurou uma tentativa de dar aparência legal à contratação sem licitação, resultando em sobrepreço superior a R$ 8 milhões e superfaturamento de R$ 2,9 milhões.
O julgamento está previsto para começar ao meio-dia, no horário do Acre, na Corte Especial do STJ.