O encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Papa Leão XIV, nesta segunda-feira, 13, no Vaticano, trouxe os povos originários do Acre para o centro dos holofotes.
Lula entregou ao pontífice da Igreja Católica o livro “Povos originários, guerreiros do tempo’, do repórter fotográfico Ricardo Stuckert, no qual aparece o registro do líder Ashaninka Antônio Piyãko, referência na defesa da Amazônia.
A imagem, que circula nas redes e foi celebrada pela Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ), ressalta o papel fundamental de Piyãko e das comunidades indígenas do Acre e da Amazônia nas grandes pautas mundiais, especialmente as que envolvem a conservação ambiental e a crise climática.
Antônio Piyãko é conhecido internacionalmente por sua trajetória de resistência, liderando o povo Ashaninka na demarcação de seu território e na luta contra a exploração ilegal de madeira.
Para a OPIRJ, a inclusão da imagem do líder Ashaninka em um presente de Estado de tamanha relevância diplomática é um “símbolo poderoso da presença e da importância dos povos indígenas” e um “marco de respeito e valorização das nossas lideranças”.
A organização reforça que o reconhecimento em espaços de diálogo mundial, como o Vaticano, valida a luta, os saberes ancestrais e a resistência dos povos indígenas, que são, na prática, os grandes protetores da floresta e uma inspiração para as soluções globais de sustentabilidade.
“Quando líderes como Antônio Piyãko são lembrados em espaços de diálogo mundial, é o reconhecimento das lutas, saberes e resistências que protegem a floresta e inspiram o mundo,” destacou a OPIRJ, reafirmando o compromisso de seguir fortalecendo as vozes indígenas da região do Juruá.
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