O Acre registrou um crescimento significativo nos casos de violência letal em 2025, com 161 Mortes Violentas Intencionais (MVI) contabilizadas até setembro — um aumento de 28,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 125 vítimas. As informações são do Ministério Público do Acre (MPAC), divulgadas pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT).
A capital, Rio Branco, concentra a maior parte das ocorrências, enquanto o padrão das mortes revela vítimas predominantemente homens jovens, mortos à noite e, em mais da metade dos casos, por armas de fogo.
Os dados mostram que 88,65% das vítimas são do sexo masculino, e a maioria é de cor parda (80,85%). As armas de fogo aparecem como o principal instrumento nos crimes, responsáveis por 56,74% das mortes. Em relação à idade, os grupos mais atingidos são 25 a 29 anos (24 casos) e 30 a 34 anos (28 casos).
Localização e motivação dos crimes
A violência se concentra em áreas urbanas e de fronteira: a 1ª Regional de Rio Branco (incluindo Bujari) e a 3ª Regional (Porto Acre) somam 44,68% dos casos. No total, 51,06% das ocorrências estão localizadas na capital. A área de fronteira registra 56,74% dos crimes, e a principal motivação é o conflito entre facções, que responde por 39,72% das mortes, seguida por roubo, latrocínio e bebedeira (19,86%).
O período da noite concentra a maior parte das ocorrências, com 34,75% dos casos, seguido da tarde (24,82%). Os fins de semana são os momentos mais críticos: sábado lidera com 20,57%, seguido de segunda-feira (15,60%) e domingo (14,89%).






