Moradores da região conhecida como Papoco, em Rio Branco, estão sendo acompanhados pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) para garantir que intervenções na área sejam feitas com segurança e respeito aos direitos da comunidade. O promotor de Justiça Thalles Ferreira esteve, nesta quinta-feira, 30, na comunidade e conversou com os residentes.
Nessa quinta-feira, 30, um grupo de moradores fez um protesto em frente à Câmara de Vereadores para dizer que não procede a informação de que as famílias querem ser retiradas do local, que apresenta riscos de deslizamento e erosão. Na ocasião, o presidente do bairro, Welliton de Andrade, acusou o secretário municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), João Marcos Luz, de mentir sobre a suposta intenção dos moradores de saírem do espaço.
A gestão planeja remanejá-los em até 90 dias para o bairro Rosalinda, nas proximidades da Cidade do Povo, no outro lado da cidade, o que tem gerado preocupações das famílias em relação à segurança. Ao MPAC, os moradores reafirmaram que não desejam ser removidos para outra região, contestando declarações da prefeitura de que famílias estariam dispostas a se mudar para o bairro Rosalinda.
O acompanhamento do MPAC faz parte de um procedimento iniciado em junho pela Promotoria de Justiça Especializada de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania. Durante visitas à área, o promotor conversou com os moradores e observou de perto os riscos de deslizamento e erosão que afetam a região.
A Promotoria já emitiu recomendações à prefeitura, incluindo recuperação da escola local, levantamento das famílias em áreas de risco, melhorias em serviços públicos como iluminação e asfaltamento, e reforço de que não devem ocorrer remoções sem comunicação prévia e reassentamento adequado com participação das famílias.
“Nosso papel é garantir que os moradores tenham suas escolhas respeitadas e sua dignidade preservada”, afirmou Thalles Ferreira, destacando a importância do monitoramento contínuo da região.






