O Acre está entre os estados com maior proporção de microempreendedores individuais (MEIs) inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), segundo levantamento divulgado pelo Sebrae em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
De acordo com o estudo, 54,8% dos empreendedores acreanos cadastrados decidiram abrir o próprio negócio após ingressarem em programas sociais do governo federal, percentual inferior apenas ao do Amazonas (56,3%) no ranking nacional.
O resultado mostra que auxílios sociais também estimulam o empreendedorismo e representam oportunidades de geração de renda.
Em todo o país, 55% dos MEIs vinculados ao CadÚnico — o equivalente a 2,5 milhões de pessoas — iniciaram suas atividades após a inscrição. O total de empreendedores formais dentro da plataforma já chega a 4,6 milhões, um número que o ministro do MDS, Wellington Dias, considera emblemático.
“Esse estudo mostra a verdade. Primeiro, a mudança do novo Bolsa Família neste governo do presidente Lula. Segundo, desmente a questão sobre abrir um CNPJ e perder o Bolsa Família. São 4,6 milhões de pessoas do Cadastro Único que já se formalizaram, viraram empreendedores e continuam no cadastro”, destacou.
A chamada Regra de Proteção do Bolsa Família permite que famílias que ultrapassam temporariamente o limite de renda continuem recebendo o benefício por um período, facilitando a adaptação à nova condição financeira.
O presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, destacou que o trabalho conjunto tem sido essencial para ampliar o alcance das políticas públicas.
“Enquanto o MDS identifica as famílias em vulnerabilidade, o Sebrae oferece suporte técnico e estratégico. Essa integração transforma oportunidades em resultados concretos e sustentáveis”, afirmou.