O Procon do Acre iniciou uma força-tarefa para monitorar possíveis casos de bebidas adulteradas no estado, após a repercussão nacional de intoxicações por metanol registradas em São Paulo e Pernambuco. A presidente em exercício do órgão, Camila Lima, ressaltou ao portal A GAZETA, nesta quinta-feira, 2, que, embora não haja nenhum caso confirmado no Acre, a fiscalização e a orientação ao consumidor foram reforçadas.
“Já iniciamos o monitoramento do caso. Desde segunda-feira, 29, nossos fiscais estão trabalhando nesse sentido. Estamos trabalhando também com a divulgação de orientações para que os consumidores consigam identificar a originalidade das bebidas no ato da compra”, explicou.
Ainda de acordo com a presidente em exercício, não houve nenhum caso registrado no Acre. “Mas vamos atuar conjuntamente, para que, havendo produtos falsificados, não chegue nas prateleiras dos comércios”, enfatizou.
A preocupação do Procon segue a mobilização nacional. O Ministério da Saúde instalou, nesta quarta-feira, 1º, uma Sala de Situação para acompanhar os casos de intoxicação por metanol e coordenar medidas de enfrentamento. Até agora, 43 notificações foram feitas no país — a maioria em São Paulo, onde houve uma morte confirmada e outras cinco em investigação. Em Pernambuco, quatro casos são analisados, com duas mortes suspeitas.
De acordo com o Ministério, o cenário é considerado inédito no Brasil, exigindo a atuação conjunta de órgãos de saúde, segurança e fiscalização para impedir a circulação de bebidas adulteradas.
No Acre, a orientação do Procon é clara: o consumidor deve observar a embalagem, conferir se o rótulo está bem fixado e se o selo fiscal não apresenta indícios de violação. Além disso, preços muito abaixo do valor de mercado podem indicar falsificação.