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Sob influência do La Niña, Rio Branco pode enfrentar nova alagação em 2026

Sob influência do La Niña, Rio Branco pode enfrentar nova alagação em 2026

Registros fotográficos dos bairros Baixada da Habitasa e Cidade Nova durante a enchente de 2025 - Foto: Pedro Devani/Secom

A capital acreana pode enfrentar uma nova alagação em 2026. A informação foi confirmada pelo coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, Coronel Cláudio Falcão, à GAZETA.

“O NOAA [Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos] já vinha nos alertando e, agora, fez a confirmação de que já estamos sob a influência do La Niña, fenômeno que resfria as águas do Pacífico e traz mais chuvas para algumas regiões, a Região Norte é uma delas”, confirmou Falcão.

O La Niña é conhecido por alterar o regime de chuvas, trazendo maior frequência e intensidade pluviométrica para o Norte do país, o que eleva o risco de cheias no Acre.

“A tendência é que a gente continue com chuvas mais frequentes. Por enquanto, a influência está numa fase fraca, e a previsão é que o fenômeno dure cerca de seis meses, abrangendo o período de cheia,” afirmou Falcão.

Diante do cenário, Falcão não descarta a possibilidade de uma nova enchente. “Dada a frequência e o aumento de chuvas, pode ser que a gente tenha, sim, uma sexta inundação consecutiva aqui em Rio Branco”, disse.

O histórico recente do município é preocupante: nos últimos cinco anos, foram registradas cinco inundações, sendo duas de grande porte e três de porte médio.

“Lembrando que das cinco inundações que tivemos, duas foram grandes e três médias. Agora, não conseguimos prever se a próxima será média, grande, ou se teremos, quem sabe, a primeira vez depois de cinco anos, que não teremos inundação,” ponderou o coordenador.

Os próximos meteorológicos é que vão apontar o nível de risco para a população.

“O que vai realmente delimitar e demandar isso tudo são as nossas reuniões que faremos agora, a partir do início de novembro, que virão com os estudos meteorológicos indicando o que poderá acontecer ou não. Quanto mais longe a previsão, mais possibilidade de ela dar errado,” ressaltou o Coronel Cláudio Falcão.

A Defesa Civil espera ter um panorama mais preciso até o final de outubro ou início de novembro. “Nesse período, teremos um prognóstico melhor relacionado ao que pode acontecer a partir do final de dezembro e janeiro, com a intensificação de chuvas,” concluiu o coordenador.

 

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