A Operação Contenção, realizada nesta terça-feira, 28, e considerada a mais violenta já realizada no Rio de Janeiro, tem pelo menos sete acreanos como alvo. As informações foram confirmadas ao portal A GAZETA pela Polícia Civil do Acre (PCAC). Nesta quarta-feira, 29, havia pelo menos 130 mortos, mas os números podem mudar ao longo dos dias. Ainda não há informação sobre a identificação dos mortos.
Embora tenham sido identificados, os nomes dos acreanos não foram divulgados. Cerca de 2,5 mil agentes das forças de segurança do Rio cumpriram 100 mandados de prisão nos complexos do Alemão e da Penha. Segundo a Polícia Civil, traficantes reagiram com tiros, barricadas em chamas e até bombas lançadas por drones, enquanto alguns fugiram em fila indiana pela parte alta das comunidades, lembrando ocupações anteriores do Alemão.
Até a tarde de terça-feira, o balanço oficial registrava 64 mortos, superando as operações do Jacarezinho (28 mortos, 2021) e da Vila Cruzeiro (24 mortos, 2022), tornando esta ação a mais letal da história recente da cidade. Na manhã desta quarta, o governador Cláudio Castro (PL) confirmou oficialmente 58 mortos, sendo 54 suspeitos, sem esclarecer a diferença nos números.
Moradores relataram que pelo menos 72 corpos, todos de homens, foram levados à Praça São Lucas, na comunidade da Penha. Eles foram encontrados na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde ocorreram os principais confrontos.
Além das mortes, mais de 80 pessoas foram presas, 31 fuzis e duas pistolas apreendidos, e nove motos recolhidas. Entre os agentes de segurança, quatro policiais morreram e outros ficaram feridos, incluindo um delegado em estado gravíssimo. Civis também foram atingidos, mas receberam atendimento médico e alguns já tiveram alta.
O governador Cláudio Castro classificou a operação como “sucesso”, afirmando que apenas os quatro policiais mortos seriam considerados vítimas. Uma perícia será realizada para apurar se as mortes registradas nesta quarta têm relação direta com a operação.








