O Superior Tribunal de Justiça (STJ) marcou para o dia 19 de novembro o julgamento do governado Gladson Camelí (PP), em uma ação penal que investiga os seguintes crimes: corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e fraude em licitação.
O processo é um dos desdobramentos da Operação Ptolomeu, conduzida pela Polícia Federal desde 2019. A sessão está prevista para começar ao meio-dia, no horário do Acre.
Em entrevista nesta quarta-feira, 29, o governador comentou sobre o julgamento marcado e disse que está tranquilo e que confia na Justiça.
“Com muita tranquilidade, para mim não é novidade, isso mais cedo ou mais tarde teria que acontecer, graças a Deus que já foi marcado, porque acaba com esse imbrólio de politização que fica acontecendo aqui no Estado, confio na Justiça e vai ser mais um momento de eu expor a minha defesa perante aos juízes, como eu já falei, respeito, estou pronto, preparado, e só não quero que isso haja interferência política, porque, como eu disse, eu confio na Justiça, até que me prove o contrário, eu vou continuar confiando na justiça e vai ser um momento que eu apresentar mais a minha defesa àquela Corte Especial”, disse o governador.
As investigações apontam supostas irregularidades em um contrato firmado em 2019 entre o governo do Acre e a empresa Murano Engenharia, com sede em Brasília, no valor de R$ 24,3 milhões, destinado à manutenção predial.
De acordo com a denúncia, a empresa não tinha atuação anterior no estado e foi contratada por meio da adesão a uma ata de registro de preços de um instituto de Goiás, o que teria permitido a dispensa de licitação.
Um dia após a assinatura do contrato, a Murano subcontratou a empresa Rio Negro, sediada no Acre e que tem entre os sócios Gledson Cameli, irmão do governador.
Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), a suposta manobra teria possibilitado a contratação indireta da Rio Negro e configurado uma “tentativa de dar aparência legal de contratação sem licitação”, resultando em sobrepreço superior a R$ 8 milhões e superfaturamento de R$ 2,9 milhões.






