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STJ marca julgamento de Gladson Cameli para 19 de novembro em ação da Operação Ptolomeu

STJ marca julgamento de Gladson Cameli para 19 de novembro em ação da Operação Ptolomeu

Foto: Juan Vicent Diaz

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) marcou para o dia 19 de novembro o julgamento do governado Gladson Camelí (PP), em uma ação penal que investiga os seguintes crimes: corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e fraude em licitação.

O processo é um dos desdobramentos da Operação Ptolomeu, conduzida pela Polícia Federal desde 2019. A sessão está prevista para começar ao meio-dia, no horário do Acre.

Em entrevista nesta quarta-feira, 29, o governador comentou sobre o julgamento marcado e disse que está tranquilo e que confia na Justiça.

“Com muita tranquilidade, para mim não é novidade, isso mais cedo ou mais tarde teria que acontecer, graças a Deus que já foi marcado, porque acaba com esse imbrólio de politização que fica acontecendo aqui no Estado, confio na Justiça e vai ser mais um momento de eu expor a minha defesa perante aos juízes, como eu já falei, respeito, estou pronto, preparado, e só não quero que isso haja interferência política, porque, como eu disse, eu confio na Justiça, até que me prove o contrário, eu vou continuar confiando na justiça e vai ser um momento que eu apresentar mais a minha defesa àquela Corte Especial”, disse o governador.

O caso teve andamento em maio de 2024, quando o tribunal de segunda instância aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF).

As investigações apontam supostas irregularidades em um contrato firmado em 2019 entre o governo do Acre e a empresa Murano Engenharia, com sede em Brasília, no valor de R$ 24,3 milhões, destinado à manutenção predial.

De acordo com a denúncia, a empresa não tinha atuação anterior no estado e foi contratada por meio da adesão a uma ata de registro de preços de um instituto de Goiás, o que teria permitido a dispensa de licitação.

Um dia após a assinatura do contrato, a Murano subcontratou a empresa Rio Negro, sediada no Acre e que tem entre os sócios Gledson Cameli, irmão do governador.

Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), a suposta manobra teria possibilitado a contratação indireta da Rio Negro e configurado uma “tentativa de dar aparência legal de contratação sem licitação”, resultando em sobrepreço superior a R$ 8 milhões e superfaturamento de R$ 2,9 milhões.

 

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