Um tema trazido à tona pelo vereador de Rio Branco João Paulo Silva (Podemos) deu início à “lavagem de roupa suja” protagonizada pelos parlamentares durante a sessão desta terça-feira, 21, que precisou ser encerrada por conta do bate-boca.
O vereador subiu à tribuna para denunciar que os dois funcionários que fazem e servem o café estão sobrecarregados. A servidora que trabalha na copa tem quase 70 anos de idade e, segundo João Paulo, ela atua em ambiente insalubre e está doente.
Já o trabalhador que serve sozinho o café aos 21 parlamentares, jornalistas e convidados também é idoso e estaria se desdobrando para dar conta do serviço.
Ao ser questionado pela vereadora Lucilene Vale (Progressistas) sobre a necessidade de trazer a público problemas do parlamento, João Paulo disse que não há democracia nos debates internos da Casa.
“Como não tem democracia, nós temos que vir à tribuna. A voz do político é a tribuna, é aqui, sim, que tem que ser falado, já que não há reuniões para discussão dos problemas deste parlamento. Quando não há discussão dentro de uma sala trancada, a discussão tem que vir a público”, disparou.
A reclamação de João Paulo foi reforçada por Elzinha Mendonça (PP), que aproveitou a oportunidade para criticar as condições do banheiro usado pelos próprios parlamentares. Ela cobrou providências da mesa diretora.
O vice-presidente Leôncio Castro, no entanto, não gostou de ser questionado pela parlamentar e colocou a culpa pelas condições da Câmara no presidente Joabe, chamando-o de incompetente.
Joabe, então, retrucou: “se tem alguém incompetente aqui é o Leôncio, que nunca assumiu cargo de relevância pública”.
Castro pede a palavra de volta e diz a Joabe que trabalha desde criança na iniciativa privada e nunca precisou de cargo público para ascender na vida.