Falta, exatamente, um ano para as eleições gerais de 2026, que ocorrerão no dia 4 de outubro em todo o Brasil. O Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC) já deu início aos preparativos preliminares e, na manhã desta sexta-feira, 3, apresentou algumas orientações aos eleitores.
A presidente da Corte, desembargadora Waldirene Cordeio, lembrou que essa será uma eleição mais demorada que a de 2024. Isso porque os acreanos votarão em seis candidatos:
– 1 presidente da República;
– 1 governador;
– 2 senadores;
– 1 deputado federal; e
– 1 deputado estadual.
Ainda assim, a Justiça Eleitoral espera se manter entre os tribunais mais ágeis do país na entrega dos resultados da votação. “Ficamos entre os 10 nas últimas eleições e queremos avançar para os três primeiros na próxima”, destacou Cordeiro.

O Acre tem 595 mil pessoas aptas a votar. Destas, quase 40 mil ainda não possuem cadastro biométrico, o que corresponde a cerca de 6,6% do eleitorado. Um dos desafios, segundo a presidente do TRE, é buscar esses eleitores para que eles regularizem a situação antes de a biometria se tornar obrigatória para o exercício do voto.
Outro tema que recebeu destaque na fala da desembargadora foi a participação feminina na política e a fraude na cota de gênero para candidaturas, definida pela Justiça em 30%.
Cordeiro reforçou que a Corte está atenta a possíveis descumprimentos dessa norma pelos partidos e citou o exemplo recente em Assis Brasil, onde cinco vereadores foram cassados e o prefeito Jerry Correia Marinho, do Progressistas, se tornou inelegível por esse tipo de fraude.
“Muitas vezes, candidaturas fictícias de mulheres são registradas apenas para cumprir a cota. Essa é uma realidade. Porém, as regras eleitorais precisam ser seguidas por todos os partidos, sob risco de penalidades como cassação do diploma e da chapa, anulação dos votos e inelegibilidade por até 8 anos”.
As siglas têm até 5 de agosto do ano que vem para realizarem as convenções. Já os registros de candidaturas deverão ser feitos até o dia 15 do mesmo mês.