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Vereador defende parar os trabalhos na Câmara até Bocalom reajustar salário de servidores

Vereador defende parar os trabalhos na Câmara até Bocalom reajustar salário de servidores

Neném Almeida (MDB) discursa durante sessão marcada por embate; ao fundo, de terno azul, o presidente Joabe Lira (União) entre Leôncio Castro (PSDB) e Felipe Tchê (PP) | (Foto: André Gonzaga / A Gazeta do Acre)

O vereador Neném Almeida (MDB) defendeu, na manhã desta terça-feira, 7, que os parlamentares travem os trabalhos na Câmara de Rio Branco até o prefeito Tião Bocalom (PL) atender a demanda dos agentes comunitários de saúde, de combate às endemias e de vigilância em zoonoses, que voltaram a protestar por reajuste no salário, defasado desde janeiro.

A GAZETA entrou em contato com a assessoria da prefeitura e aguarda resposta até última atualização desta reportagem.

A medida seria em resposta ao descumprimento do acordo firmado na semana passada entre a prefeitura, trabalhadores e vereadores de que um projeto seria enviado à Casa nesta terça, 7, para atualizar a remuneração desses servidores.

“Nós também fomos vítimas das promessas do prefeito. Prometeram aqui para todos os vereadores [que enviariam o PL]. Mas nós também temos a capacidade de dizer para o prefeito que nenhum projeto caminha mais aqui se não aprovar o aumento dos agentes urgentemente. Vamos parar essa casa enquanto não aprovar”, disparou o parlamentar.

Uma emenda constitucional de 2022 definiu, nacionalmente, o piso dos agentes em dois salários mínimos. No entanto, na capital acreana, eles ainda recebem remuneração com base no salário de 2024 (R$ 1.412, ao invés dos R$ 1.518 atuais).

O salário é pago pela prefeitura por meio de repasses do governo federal, que, segundo os servidores, já faz as transferências com valores atuais desde janeiro, quando entrou em vigor o novo salário mínimo. Porém, de acordo com a categoria, mesmo recebendo os montantes corretos, a prefeitura ainda não faz o repasse do valor total.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, vereador Aiache (Progressistas), que é da base do prefeito Tião Bocalom (PL), reconheceu que o que, na semana passada, era certeza, agora, virou dúvida.

Ele diz que aguarda o parecer da Procuradoria Jurídica do município para, juntos aos demais vereadores, avaliar a posição oficial da gestão, mas já adiantou que o relatório deve ser desfavorável aos trabalhadores. “Chegando aqui, a gente coloca para votação”.

 

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