
O governador Gladson Camelí (Progressistas) reconheceu, na manhã desta quinta-feira, 30, que a criação do novo cargo de secretário-adjunto de Turismo e Empreendedorismo (Sete), aprovado na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta quarta, 29, se deu em momento “inoportuno”.
A declaração veio após repercussão negativa do projeto de lei que institui a função, cujo titular terá salário superior a R$ 30 mil. A oposição no parlamento estadual e setores da população criticaram a apresentação da proposta no momento em que a sociedade acreana estava em choque com o caso do bebê que foi declarado morto na maternidade Bárbara Heliodora e voltou a apresentar sinais vitais instantes antes de ser enterrado no cemitério Morada da Paz.
“Eu até reclamei com a minha própria equipe por que é que mandaram para a Assembleia a criação de um cargo numa hora inoportuna. E aqui eu reconheço, isso é uma falha que não há necessidade. Isso me incomodou, mas já foi criado”, declarou Camelí, em visita à Câmara de Rio Branco durante ato solene em alusão aos 60 anos do partido dele, o Progressistas, que tem a maior bancada na Casa.
Ele aproveitou para negar que a criação do cargo é para abrigar o MDB, que estaria em vias de declarar apoio à pré-candidata ao governo pelo Progressistas, a atual vice-governadora Mailza Assis. Na ocasião, ele garantiu que a nova secretaria-adjunta será ocupada por um nome técnico.
“Vamos nomear uma pessoa que tem a capacidade para exercer um cargo na pasta do Turismo, que é tão importante para o desenvolvimento do Acre.
Não é para contemplação política. Vai ser uma pessoa técnica que irá assumir esse cargo. Vocês verão nos próximos dias”, declarou, sem adiantar quem será o nome.
O governo esclareceu que a nova função não trará gastos adicionais ao estado, isso porque um cargo de ouvidoria em outra pasta foi extinto para dar lugar ao futuro secretário-adjunto.
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