O crime de Elize Matsunaga voltou aos holofotes essa semana após o lançamento da série Tremembé, do Prime Video. Um dos pontos centrais da trama da ex-prostituta é o fato dela ter uma filha, fruto do casamento com o então executivo-chefe da Yoki, e não ter contato com a criança desde que foi presa, em junho de 2012.
A menina tinha 1 ano na época e passou a ser criada pelos avós paternos, Mitsuo Matsunaga e Misako Kitano. Os dois criaram a criança como filha e tentaram blindá-la da história, mas tiveram sucesso por apenas oito anos.
“[Um dia,] uma criança chamou ela e perguntou ‘Quem são seus pais?’, parece que foi em uma festa de pais [na escola] em que estavam os avós. Aí ela disse ‘ah, Mitsuo e Misaki’”, relatou Ulisses Campbell em entrevista ao podcast Cortesia.
Ele então explicou que a colega de escola fez questão de revelar a verdade para a menina, que tinha 9 anos na época.
“A criança respondeu: ‘Não, seu pai é o Marcos Matsunaga e sua mãe é a Elize Matsunaga, que é uma prostituta que matou e esquartejou seu pai’”, detalhou o escritor, que conta a história em Elize Matsunaga: a Mulher que Esquartejou o Marido.
Após a descoberta, a menina passou por uma série de sessões de terapia para lidar com a informação. Hoje, ela consegue falar sobre os pais verdadeiros, mas mantém os avós nessa posição no dia a dia.
Hoje, a família Mastsunaga move um processo na Justiça para retirar o nome de Elize da certidão de nascimento da filha. Segundo as últimas informações conhecidas, elas não mantém contato e a jovem poderá decidir se quer reencontrar a mãe apenas quando fizer 18 anos.
O crime de Elize Matsunaga
Elize atirou no marido, Marcos Matsunaga, em 19 de maio de 2012, dentro do apartamento do casal, após uma briga por causa de traições dele. Cerca de 10 horas após o tiro, ela esquartejou o corpo do então chefe-executivo da Yoki e guardou os pedaços, ensacados, em três malas. A filha deles, de apenas de 1 ano, estava no local durante todo o processo.
A mulher abandonou os pedaços do corpo em uma estrada e disse à polícia que o marido estava desaparecido, após sair de casa pela manhã e não retornar. Os restos mortais foram encontrados em 27 de maio.
Ela foi presa preventivamente em 5 de junho de 2012. Em dezembro de 2016, foi condenada a 19 anos, 11 meses e um dia de prisão — mas a pena foi reduzida para 16 anos e três meses em 2019.
Elize Matsunaga cumpre pena em regime aberto desde 2022 e deve seguir assim até janeiro de 2028.
Por: Metrópoles