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Vulcões pouco conhecidos são a maior ameaça para as pessoas no planeta

Menos da metade dos vulcões ativos são monitorados, e a pesquisa científica ainda se concentra em poucos vulcões muito conhecidos.

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
27/11/2025 - 08:36
Foto: Roberto Moiola / Sysaworld

Foto: Roberto Moiola / Sysaworld

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É mais provável que o próximo desastre vulcânico global venha de vulcões que parecem inativos e são pouco monitorados do que de vulcões famosos, como o Etna, na Sicília, ou o Yellowstone, nos Estados Unidos.

Muitas vezes ignorados, esses vulcões “ocultos” entram em erupção com mais frequência do que a maioria das pessoas imagina. Em regiões como o Pacífico, América do Sul e Indonésia, um vulcão sem histórico registrado entre em erupção a cada sete a dez anos. E seus efeitos podem ser inesperados e de longo alcance.

E um destes vulcões acabou de fazer exatamente isso. Em novembro de 2025, o vulcão Hayli Gubbi, na Etiópia, entrou em erupção pela primeira vez na história registrada (pelo menos 12 mil anos, que sabemos). Ele lançou nuvens de cinzas a 13,7 km de altura, com material vulcânico caindo no Iêmen e flutuando no espaço aéreo sobre o norte da Índia.

Não é preciso ir muito longe na história para encontrar outro exemplo. Em 1982, o pouco conhecido e não monitorado vulcão mexicano El Chichón entrou em erupção explosiva após permanecer inativo por séculos. Essa série de erupções pegou as autoridades de surpresa: avalanches quentes de rochas, cinzas e gases destruíram vastas áreas da selva. Rios foram represados, edifícios destruídos e cinzas caíram até na Guatemala.

Mais de 2 mil pessoas morreram e 20 mil ficaram desabrigadas no pior desastre vulcânico do México na era moderna. Mas a catástrofe não se limitou ao México. O enxofre da erupção formou partículas refletoras na atmosfera superior, resfriando o Hemisfério Norte e deslocando a monção africana para o sul, causando uma seca extrema.

Isso por si só já testaria a resiliência e as estratégias de enfrentamento de qualquer região. Mas quando coincidiu com uma população vulnerável que já vivia em situação de pobreza e guerra civil, o desastre foi inevitável. A fome na Etiópia (e na África Oriental) de 1983-85 ceifou a vida de aproximadamente 1 milhão de pessoas. Isso chamou a atenção global para a pobreza e resultou em campanhas como a Live Aid.

Poucos cientistas, mesmo dentro da minha área de ciências da Terra, se dão conta de que um vulcão remoto e pouco conhecido teve um papel importante nessa tragédia.

Apesar dessas lições, o investimento global em vulcanologia não acompanhou os riscos: menos da metade dos vulcões ativos são monitorados, e a pesquisa científica ainda se concentra desproporcionalmente em poucos vulcões muito conhecidos.

Existem mais estudos publicados sobre um vulcão (Monte Etna) do que sobre todos os 160 vulcões da Indonésia, Filipinas e Vanuatu combinados. Estas são algumas das regiões vulcânicas mais densamente povoadas da Terra – e as menos compreendidas.

As maiores erupções não afetam apenas as comunidades ao seu redor. Elas podem resfriar temporariamente o planeta, interromper as monções e reduzir colheitas em regiões inteiras. No passado, essas mudanças contribuíram para fomes, surtos de doenças e grandes turbulências sociais, mas os cientistas ainda não dispõem de um sistema global para antecipar ou gerenciar esses riscos futuros.

Para ajudar a resolver esta questão, os meus colegas e eu lançamos recentemente a Global Volcano Risk Alliance, uma instituição filantrópica que se concentra na preparação antecipada para erupções de alto impacto. Trabalhamos com cientistas, políticos tomadores de decisão e organizações humanitárias para destacar riscos negligenciados, reforçar a capacidade de monitoramento onde é mais necessária e apoiar as comunidades antes que as erupções ocorram.

Agir preventivamente, em vez de responder apenas após a ocorrência do desastre, é a melhor chance de evitar que o próximo vulcão oculto se torne uma crise global.

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Por que vulcões “quietos” não são seguros

Então, por que os vulcões não recebem atenção proporcional ao seu risco? Em parte, isso se resume a vieses humanos previsíveis. Muitas pessoas tendem a presumir que o que tem estado quieto permanecerá quieto (viés de normalidade). Se um vulcão não entra em erupção há gerações, ele é frequentemente considerado instintivamente seguro.

A probabilidade de um evento tende a ser julgada pela facilidade com que os exemplos vêm à mente (esse atalho mental é conhecido como heurística de disponibilidade). Vulcões ou erupções bem conhecidos, como a nuvem de cinzas islandesa de 2010, são familiares e podem parecer ameaçadores, enquanto vulcões remotos sem erupções recentes raramente são registrados.

Esses vieses criam um padrão perigoso: só investimos mais pesadamente depois que um desastre já aconteceu (viés de resposta). El Chichón, por exemplo, só passou a ser monitorado após a catástrofe de 1982. No entanto, três quartos das grandes erupções (como El Chichón e maiores) vêm de vulcões que estão inativos há pelo menos 100 anos e, como resultado, recebem menos atenção.

A preparação para erupções vulcânicas precisa ser proativa, em vez de reativa. Quando os vulcões são monitorados, quando as comunidades sabem como responder e quando a comunicação e a coordenação entre cientistas e autoridades são eficazes, milhares de vidas podem ser salvas.

Desastres foram evitados dessa forma em 1991 (no Monte Pinatubo, nas Filipinas), em 2019 (no Monte Merapi, na Indonésia) e em 2021 (em La Soufrière, na ilha caribenha de São Vicente).

Para reduzir essas lacunas, o mundo precisa voltar sua atenção para vulcões pouco monitorados em regiões como América Latina, Sudeste Asiático, África e Pacífico — locais onde milhões de pessoas vivem perto de vulcões com pouco ou nenhum registro histórico.

É aí que residem os maiores riscos e onde mesmo investimentos modestos em monitoramento, alerta precoce e preparação da comunidade poderiam salvar mais vidas.

 

Por: Metrópoles

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