O custo da cesta básica alimentar em Rio Branco teve alta de 1,18% em outubro de 2025, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira, 12, pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), por meio do Departamento de Estudos, Pesquisas e Indicadores (Deepi). O valor total passou para R$ 567,21, ante R$ 560,61 registrados em setembro.
Apesar do aumento no mês, o estudo aponta que, no acumulado dos últimos seis meses (maio a outubro), o conjunto das três cestas (alimentar, de limpeza doméstica e de higiene pessoal) apresentou queda de -1,22%, puxada principalmente pela redução no preço médio dos alimentos (-1,88%).
Os dados foram coletados em 53 estabelecimentos comerciais, incluindo mercados de diferentes portes, açougues e panificadoras distribuídos em 39 bairros da capital acreana.
Tomate lidera alta dos alimentos
Entre os 14 produtos que compõem a cesta básica alimentar, sete apresentaram aumento de preço em outubro. O tomate teve a maior alta, com variação de 9,94%, seguido por óleo (4,23%), mandioca (2,33%), frango (2,08%) e carne (1,99%).
Por outro lado, sete itens registraram queda, com destaque para a banana (-4,68%), farinha de mandioca (-2,21%), arroz (-1,31%) e açúcar (-1,22%).
Segundo a Conab, o aumento no preço do tomate é reflexo da escassez de frutas em ponto de colheita e da redução da oferta durante a entressafra. Já o encarecimento do óleo está ligado à expectativa de alta do dólar e à demanda externa, enquanto a carne bovina subiu em função da oferta restrita de animais devido ao tempo seco e à falta de pasto.
Limpeza e higiene variam pouco
A cesta de limpeza doméstica teve variação positiva de 0,03%, com custo total de R$ 83,98. O desinfetante (1,44%), a esponja de aço (0,86%) e a vassoura piaçava (0,61%) puxaram as altas. Já o sabão em pó (-0,85%) e o sabão em barra (-0,40%) ficaram mais baratos.
Na cesta de higiene pessoal, houve queda de -0,40%, com custo médio de R$ 25,47. O sabonete (-3,75%) e o barbeador descartável (-1,81%) tiveram as maiores reduções, enquanto creme dental (4,16%) e papel higiênico (0,99%) apresentaram alta.
Peso no orçamento do trabalhador
De acordo com o estudo, um trabalhador que ganha um salário mínimo (R$ 1.518,00) precisou dedicar 98 horas e 4 minutos de trabalho para adquirir as três cestas em outubro — 57 minutos a mais que em setembro.
Os gastos representaram 44,6% da remuneração bruta e 48,2% do salário líquido, já descontada a contribuição previdenciária.
Para uma família padrão de cinco pessoas (dois adultos e três crianças), o custo total mensal foi estimado em R$ 2.368,31, o equivalente a 1,56 salário mínimo.
Em seis meses, o valor das cestas para um indivíduo caiu de R$ 685,05 em maio para R$ 676,66 em outubro, confirmando a tendência de leve redução no custo de vida, mesmo com oscilações pontuais em alimentos e produtos essenciais.








