A mesma Justiça que considerou ilegal a paralisação de advertência dos trabalhadores da Saúde, marcada para a próxima terça-feira, 18, será agora acionada pelos sindicatos para intermediar as negociações com o governo, que deverá definir, em juízo, a data de entrega do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) das categorias.
Na avaliação do deputado estadual Adailton Cruz (PSB), que representa os servidores na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a estratégia visa obrigar o governo a cumprir qualquer prazo que venha a ser estabelecido na presença de um juiz, já que a data acordada passaria a ter força de decisão judicial.
Segundo o parlamentar, o jurídico dos sindicatos solicitou formalmente uma audiência de conciliação entre governo e as entidades representativas. A ideia é tirar a negociação do campo político, onde prazos têm sido constantemente adiados, e levá-la ao ambiente judicial.
Paralisação vira ato público
Após a decisão da Justiça, os sindicatos optaram por acatar a determinação e converter a paralisação de 12 horas em um ato público, a ser realizada na mesma data, em frente à Aleac, pela manhã. Assim, as unidades de saúde funcionarão normalmente, mas os trabalhadores que estiverem de folga foram convidados a participar do ato.
Para Adailton Cruz, essa mudança não esvazia o movimento. “Independente disso, o ato será realizado, para não ficar em branco e repudiar a tentativa de opressão que a Sesacre fez com os servidores ao tentar usar a Justiça para isso”.
Os trabalhadores pressionam o Palácio Rio Branco para que o PCCR seja apresentado ainda em novembro. A data inicialmente prevista pelo governo era 30 de setembro, mas o prazo foi descumprido e, depois, empurrado para 31 de dezembro, o que gerou revolta entre as categorias.






