O Rio Acre amanheceu neste sábado, 1º, com 2,93 metros em Rio Branco, segundo dados da Defesa Civil Municipal. O nível representa um aumento de 16 centímetros em relação à sexta-feira, 31, quando o rio registrava 2,77 metros. Apesar da elevação, não houve registro de chuvas nas últimas 24 horas na capital.
O mês de outubro encerrou com um acumulado de 204,6 milímetros de chuva, volume considerado acima da média histórica de 150 milímetros para o período, conforme informou o coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel Cláudio Falcão.
“Outubro foi o primeiro mês desde maio que choveu acima da média. Todos os outros meses haviam ficado abaixo, inclusive setembro, que chegou perto, mas ainda ficou dois milímetros abaixo da média”, explicou Falcão.
De acordo com o levantamento, até o dia 27 de outubro, o Rio Acre registrava 1,85 metro, o que representava a terceira pior marca dos últimos dez anos, atrás apenas dos anos de 2021 e 2023. Com as chuvas dos últimos dias, o nível subiu e voltou a ficar dentro da média esperada para esta época do ano, entre 2,80 e 3 metros.
“Do dia 27 para cá, mudou muito. Agora o rio está praticamente em três metros, que é o comportamento normal para o fim de outubro e início de novembro”, destacou o coordenador.
Previsão para novembro
Para o mês de novembro, a estimativa é de 170 milímetros de chuva, com tendência de precipitações acima da média, devido à atuação do fenômeno La Niña, ainda em estágio fraco, mas ativo.
“O La Niña está atuante e provoca o esfriamento das águas do Pacífico, o que favorece chuvas mais intensas na nossa região. Com essa continuidade, poderemos ter uma antecipação do inverno amazônico”, avaliou Falcão.
A Defesa Civil alerta que, caso as chuvas se mantenham nesse ritmo, o solo pode atingir saturação até o fim do mês, aumentando o escoamento da água para córregos e rios e elevação mais rápida do nível do Rio Acre.
“Se as chuvas continuarem como estão, poderemos chegar ao fim de novembro com o solo saturado e, consequentemente, com risco maior de enchentes. É um cenário que não podemos descartar”, finalizou o coordenador, informando que as reuniões de pré-cheia devem ocorrer ainda neste mês para atualizar o diagnóstico da situação.






