Por determinação do prefeito Tião Bocalom, o secretário Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos de Rio Branco, João Marcos Luz, realizou a última visita institucional às autoridades para apresentação do estudo social feito no bairro Papoco, na manhã desta terça-feira, 11. O objetivo da atividade foi entregar o relatório que demonstra a necessidade de mudança de 49 famílias que moram na área de risco.
Ao cumprir a última agenda, na Defensoria Pública, o encontro formal se transformou em uma audiência pública, liderada pela defensora pública Alexa Pinheiro e pelo vereador Fábio Araújo, com a participação de pessoas que não moram na região demarcada pela Defesa Civil.
“Nosso objetivo era cumprir a necessidade de debater com as autoridades a realidade encontrada, mas chegamos e fomos surpreendidos por uma cena montada, de forma política, o que não contribuiu para o debate”, explicou João Marcos Luz.
De acordo com o gestor municipal, o encontro evoluiu para questionamentos que não são abordados no relatório, como se existisse um planejamento de retirada forçada.
“As pessoas que lá estavam não fazem parte da relação de famílias visitadas, apresentando questionamentos que importam mais para a questão da segurança pública. Nossa preocupação é com a questão humanitária, de pessoas sem condições mínimas de habitação, sem via pública adequada para a passagem de veículos de emergência e sem outros serviços essenciais”, justificou João Marcos Luz.
De acordo com o secretário Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, a proposta é formar uma comissão com as autoridades e debater o caso com os moradores, entregando casas populares para as famílias que desejarem sair do Papoco, além de realizar obras para a contenção e recuperação da mata nativa para evitar deslizamentos.
“Já apresentamos o relatório para o Tribunal de Justiça do Acre, o Ministério Público, OAB/AC e participamos de audiência pública. A proposta é atender as 49 famílias e a 35 pessoas em situação de rua que já comunicaram o desejo de sair. Aqueles que não quiserem sair, precisam participar do debate para que entendam os riscos”, detalhou o gestor.
Aqueles moradores da região do Papoco que ficam no Don Giocondo, na área de asfalto, que possui infraestrutura, não serão retirados, por isso essas pessoas estão fora da lista.
Uma nova visita será realizada no bairro Papoco com as autoridades para que possam conhecer a realidade da localidade.









