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Mulher é diagnosticada com câncer terminal às 32 semanas de gestação

Mulher é diagnosticada com câncer terminal às 32 semanas de gestação

Go Fund Me/Divulgação

A americana Jaclyn Hayes Lin, de 37 anos, estava grávida da segunda filha quando percebeu que não estava ganhando peso como deveria. Ao contrário da primeira gestação, ela também não sentia fome ou vontade de comer algo específico. O obstetra apontou que cada gravidez é diferente e que ela não devia se preocupar.

Porém, Jaclyn sentia que algo estava errado. Ela começou a sentir sintomas de gripe e chegou a procurar a emergência de um hospital três vezes por fortes dores nas costas. Diagnosticada com infecção urinária, ela recebeu uma receita de antibióticos e foi liberada.

Câncer de pâncreas

Poucas semanas depois, os sintomas voltaram. Ela passou por alguns exames e foi liberada novamente. Um mês depois, o quadro se repetiu, mas dessa fez ela tinha também febre alta, dores no corpo e calafrios que a impediam de se mover.

Foi quando os médicos encontraram uma grande massa no pâncreas de Jaclyn — era um câncer avançado que já tinha se espalhado para o fígado. Ela estava grávida de 32 semanas.

“Fiquei chocada e devastada. Eu choro toda vez que falo sobre o assunto, mas no dia, não soube como reagir. O hospital me disse que eu poderia fazer uma biópsia enquanto estava grávida para que o bebê ficasse na minha barriga o maior tempo possível. Eles pareciam confiantes, mas no dia do procedimento, o anestesiologista disse que não estava confortável e não faríamos o exame”, conta, em relato publicado na revista People.

Os médicos decidiram por um parto de emergência e, em setembro de 2023, às 37 semanas, a filha de Jaclyn nasceu saudável.

Câncer avançado e quimioterapia agressiva
A americana foi encaminhada para exames para começar o quanto antes a quimioterapia. O fígado dela estava três vezes maior do que o normal e a biópsia confirmou que o câncer estava em estágio 4 e é do tipo mais agressivo. A quimioterapia começou imediatamente.

“Eu tinha pouca interação com minha filha no começo. Quando voltei para casa depois da quimioterapia, meu cateter ainda estava conectado a um concentrado de fármacos, então eu não conseguia segurá-la. Eu estava muito cansada e com náuseas o tempo todo”, lembra.
Depois de 44 sessões de quimioterapia, em maio de 2025 Jaclyn trocou de tratamento para um medicamento anticorpo monoclonal. Não existe cura para o câncer, apenas controle — a mulher faz exames a cada três meses, percebeu uma redução de 40% no tamanho do tumor e está se sentindo muito melhor.

Ainda assim, apenas 3% dos pacientes diagnosticados com o tipo de câncer que ela tem sobrevivem mais de 5 anos. “É um número muito difícil de ouvir. Mas quero ser um modelo para as minhas filhas, e mostrar para elas que, quando encontrarem uma situação difícil, devem perseverar. Escolhi manter o pensamento positivo, elas não merecem uma mãe que está sempre doente”, afirma.

Por: Metrópoles 

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