O Bolsa Família é um dos principais programas sociais do Brasil, garantindo renda a milhões de famílias em situação de vulnerabilidade. Para continuar recebendo o benefício, no entanto, é essencial cumprir as chamadas condicionalidades, um conjunto de regras que estimulam o acesso à educação, saúde e à atualização dos dados familiares.
A partir de 2026, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) vai reforçar o monitoramento dessas exigências. Isso significa que famílias que não cumprirem as condicionalidades poderão ter o auxílio bloqueado, suspenso ou até cancelado.
Confira abaixo as três situações mais comuns que podem levar ao bloqueio do Bolsa Família e veja o que fazer para evitar problemas.
1. Falta de frequência escolar das crianças e adolescentes
Uma das principais regras do programa está relacionada à educação. Crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos matriculados em escolas públicas devem manter frequência mínima de 60% a 75%, conforme a faixa etária.
Se a escola informar excesso de faltas ou abandono dos estudos, a família pode receber um aviso de descumprimento, seguido de bloqueio ou suspensão temporária do benefício.
Como evitar o corte:
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Acompanhe a frequência escolar das crianças e adolescentes;
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Mantenha o cadastro atualizado junto à escola;
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Justifique ausências em caso de doença ou outros motivos comprováveis.
2. Falta de acompanhamento de saúde e vacinação
Outra condicionalidade importante diz respeito à saúde. Famílias com gestantes, lactantes, crianças e adolescentes até 7 anos devem cumprir o calendário nacional de vacinação e comparecer às consultas de acompanhamento.
Isso inclui o pré-natal, o acompanhamento nutricional e a verificação do crescimento e desenvolvimento infantil. O não comparecimento ou a falta de vacinas em dia pode resultar em bloqueio do benefício.
Como evitar o corte:
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Leve as crianças e gestantes às unidades de saúde quando convocadas;
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Mantenha a caderneta de vacinação atualizada;
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Informe mudanças de endereço para não perder os avisos das equipes de saúde.
3. Cadastro Único desatualizado ou com informações incorretas
A falta de atualização do Cadastro Único (CadÚnico) é uma das causas mais frequentes de bloqueio. O cadastro deve ser atualizado a cada dois anos ou sempre que houver mudanças na composição familiar — como nascimento, falecimento, mudança de endereço, troca de escola ou alteração de renda.
Quando o cadastro está desatualizado, o sistema pode entender que a família não se enquadra mais nos critérios do programa, levando à suspensão do pagamento até que os dados sejam corrigidos.
Como evitar o corte:
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Compareça ao CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo para atualizar o CadÚnico;
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Tenha em mãos os documentos de todos os moradores da casa;
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Verifique se as informações de renda, endereço e escolaridade estão corretas.
Atenção: o governo cruza informações com outros sistemas
O governo cruza os dados do CadÚnico com bases do INSS, Receita Federal, Ministério da Educação e Ministério da Saúde.
Qualquer divergência — como emprego formal não declarado ou renda acima do limite permitido — pode resultar no cancelamento definitivo do benefício.
Para garantir o recebimento do Bolsa Família em 2026, é essencial que as famílias mantenham o compromisso com as regras do programa:
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Manter as crianças na escola;
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Cumprir as consultas de saúde e vacinação;
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Atualizar o CadÚnico dentro do prazo.
Cumprir essas condicionalidades não apenas assegura o pagamento do benefício, mas também fortalece o acesso a direitos fundamentais, como educação, saúde e cidadania.
Por: FDR