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‘A violência tem cor’: Secretaria revela que mulheres negras são as principais vítimas no Acre

No Dia da Consciência Negra, campanha dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher expõe impacto do racismo na violência de gênero.

Anne Nascimento por Anne Nascimento
20/11/2025 - 07:20
Foto: FREEPICK

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A cada novo caso de violência contra a mulher, uma realidade se impõe no Acre: as vítimas têm cor. E é a mesma, quase sempre. “A maioria das mulheres que sofrem violência é negra, e isso não pode ser tratado como acaso. É resultado direto do racismo estrutural que atravessa a vida dessas mulheres desde muito cedo”, afirma, de forma contundente, Joelda Pais, diretora de Políticas para Mulheres da Secretaria de Estado da Mulher (Semulher).

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Ela lembra que os números são duros e falam por si. “O Observatório de Violência do Ministério Público mostra que quase 80% dos feminicídios no país atingem mulheres negras. O país está dizendo pra gente quem mais morre, e por quê”, dispara. Isso faz com que as mulheres negras convivam com uma dupla vulnerabilidade, que vem do sexismo e do racismo.

Na prática, o problema se evidencia no mercado de trabalho, já que as mulheres negras frequentemente ocupam a base da pirâmide social com os menores salários; na saúde, já que enfrentam maiores dificuldades no acesso, o que resulta em maior mortalidade materna e acesso a serviços: devido à desigualdade, as mulheres negras vivem em áreas com piores condições estruturais, segundo explicou a diretora.

‘A violência tem cor’: Secretaria revela que mulheres negras são as principais vítimas no Acre
Joelda Pais, diretora de Políticas Públicas para mulheres da Semulher. Foto: Anne Nascimento

Além disso, em 2025, durante os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, a secretaria decidiu escancarar o recorte racial dessa realidade, trazendo para o centro do debate o impacto emocional, físico e social do racismo. “A violência não chega sozinha. Ela vem acompanhada de humilhações, discriminações e traumas que se acumulam ao longo da vida. O racismo adoece, fragiliza, tira forças”, reforça Joelda.

Para enfrentar esse cenário, a Semulher implantou ciclos terapêuticos específicos para mulheres negras, em parceria com a Associação de Mulheres Negras do Acre. São grupos de escuta, acolhimento e fortalecimento. “Esses encontros são para que as mulheres possam respirar, reconstruir autoestima, entender seus direitos e, principalmente, perceber que não estão sozinhas. O racismo deixa marcas profundas, e cuidar dessas marcas também é política pública”, ressalta.

Mudança social

A diretoria destaca que a mobilização não se limita ao atendimento individual. “Se a sociedade continuar fingindo que racismo não existe, a violência contra mulheres negras vai continuar sendo naturalizada. A educação é uma das chaves, diz ela. É por isso que equipes estão indo às escolas das redes pública e privada para debater com adolescentes sobre racismo, violência contra meninas e caminhos para pedir ajuda. “Quando um jovem entende que discriminar é violência, ele já rompe um ciclo antes de começar”, completa.

As ações também se espalham pelos municípios, por meio dos Centros de Referência da Mulher em Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul, e pelo Centro Especializado de Atendimento à Mulher em Sena Madureira, que replicam e ampliam as iniciativas da secretaria.

Joelda reforça que o combate à violência não é responsabilidade apenas do poder público. “Esse problema é nosso, de todas as pessoas, de todas as famílias, de todas as comunidades religiosas e da sociedade civil. Se uma mulher negra sofre, todos nós fracassamos como sociedade”, afirma. E completa: “Se queremos falar de Consciência Negra, precisamos começar reconhecendo e enfrentando a desigualdade que insiste em matar e silenciar mulheres negras todos os dias”, finaliza.

Convênio e fortalecimento

Ainda no último dia 6 de agosto, a Semulher firmou termo de fomento com a Associação de Mulheres Negras (AMN), com o objetivo de fortalecer a prevenção e o enfrentamento à violência contra as mulheres negras de todo o estado.

‘A violência tem cor’: Secretaria revela que mulheres negras são as principais vítimas no Acre
Semulher firmou termo de fomento para fortalecer políticas para mulheres do Acre. Foto: Franklin Lima/Semulher

O documento concede apoio financeiro da administração pública estadual às organizações da sociedade civil para a execução de projetos, voltados a contribuir, de forma ampla, com políticas públicas para a população feminina.

“Essa é mais uma parceria que o governo do Estado vem trazendo em benefício da sociedade. Estamos sempre ao lado das organizações da sociedade civil, para encontrar meios e caminhos de combater a violência e o feminicídio. A Semulher tem esse olhar atento e sensível aos recortes, com a transversalidade de políticas que alcançam a comunidade e mudam a vida de muitas mulheres”, ressaltou a secretária de Estado da Mulher, Márdhia El-Shawwa.

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