O Acre aparece, mais uma vez, sem qualquer registro de percentual de reciclagem de resíduos secos e orgânicos — cenário que se repete no Amapá e em Roraima —, revelando um “apagão” de dados que impede medir o avanço (ou retrocesso) da gestão de resíduos sólidos nesses estados. A informação consta no Ranking de Competitividade dos Estados, do Centro de Lideranças Públicas (CLP) e foi divulgada nesta sexta-feira, 14.
O CLP passou a adotar, desde 2025, o indicador IRS3010 do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa), responsável por medir quanto cada unidade da federação recupera de lixo reciclável em relação ao total coletado.

A ausência de dados contrasta com o desempenho dos demais estados da região Norte, que, embora ainda distantes de índices robustos, ao menos apresentaram resultados mensuráveis. O Amazonas, melhor posicionado da região, ocupa o 5º lugar nacional, com 3,57% de resíduos recuperados. Em seguida aparece Rondônia, na 7ª colocação, com 2,39%. O Pará figura apenas em 19º, registrando 0,58%, enquanto o Tocantins aparece em 24º, com 0,25%.
O indicador considera dados municipais ponderados pela participação populacional de cada cidade no total do estado, permitindo comparar o esforço de reciclagem de forma proporcional. Para especialistas, a ausência de informações em parte da Amazônia dificulta a formulação de políticas públicas e arrasta a região para a parte menos competitiva do ranking ambiental.
Os dados completos podem ser consultados na plataforma do Ranking de Competitividade dos Estados.








