O Acre registrou o maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2023, avançando 14,7%, segundo dados do Sistema de Contas Regionais do IBGE. O resultado supera a média nacional, de 3,2%, e destaca a economia acreana em um período de expansão para todas as unidades da federação.
O desempenho foi impulsionado principalmente pela agropecuária, com destaque para a produção de soja, e pelo setor de serviços públicos, que inclui administração, defesa, saúde, educação e seguridade social. Esses setores tradicionais receberam um impulso significativo, garantindo um crescimento expressivo e incomum para a região.
Apesar da arrancada, o Acre manteve sua participação na economia brasileira em 0,2% do PIB nacional, o mesmo percentual registrado em 2022. Isso significa que, mesmo crescendo mais do que todos os outros estados, o Acre segue entre as menores economias do país.
A manutenção da participação está relacionada, em parte, às oscilações no preço da soja, que afetaram o resultado nominal do setor agropecuário. O estado produziu mais, mas parte desse aumento não se converteu integralmente em valor monetário.
PIB per capita segue baixo
Outro dado que ajuda a explicar a situação econômica é o PIB per capita, que no Acre chegou a R$ 31.675,60 em 2023. O valor corresponde à 17ª posição no ranking nacional e está distante da média brasileira, de R$ 53.886,67. Na comparação com outros estados da Região Norte, o Acre fica atrás de Amazonas, Roraima, Amapá, Tocantins e Rondônia.
Mesmo com limitações estruturais, o Acre apresenta uma trajetória consistente de crescimento nas últimas duas décadas. Entre 2002 e 2023, o PIB do estado aumentou 122%, o equivalente a uma taxa média anual de 3,9%, a quarta maior do país, atrs apenas de Tocantins, Mato Grosso e Roraima. No mesmo período, a média nacional ficou em 2,2% ao ano.