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Acre tem um dos piores índices de tratamento de esgoto da Amazônia, aponta relatório

Acre tem um dos piores índices de tratamento de esgoto da Amazônia, aponta relatório

Proteger os rios da Amazônia e garantir qualidade de vida à população ainda é um desafio no Acre. Pelo menos, é o que diz o estudo do Instituto Trata Brasil, que constatou que mais de 430 mil moradores do estado não tinham acesso à água tratada em 2022, enquanto quase a totalidade do esgoto gerado retornava ao meio ambiente sem nenhum tipo de tratamento, um dos piores desempenhos da Amazônia Legal.

Os dados mostram que apenas 48% da população do Acre recebia água tratada em 2022. O déficit de 52%, o segundo maior da região, deixava cerca de 431,6 mil pessoas sem acesso a esse serviço essencial.

A situação é ainda mais crítica quando se trata de esgotamento sanitário. Apenas 10,5% dos moradores eram atendidos com coleta de esgoto, deixando um déficit de 89,5%, um dos piores índices da Amazônia Legal. Isso representa 742,6 mil pessoas sem acesso ao serviço.

Mesmo o pouco que é coletado quase não passa por tratamento. Apenas 8,6% do esgoto coletado no estado recebe tratamento adequado. O déficit de tratamento, considerando o volume de água consumida, chega a 97,1%, o mais alto de toda a região amazônica. Em números absolutos, dos 7,479 milhões de m³ de esgoto coletados em 2022, apenas 644 mil m³ foram tratados.

Com um consumo total de água de 22,57 milhões de m³, o Acre também apresenta consumo per capita abaixo da média regional. Embora tenha avançado na redução de moradias sem banheiro (1,6% em 2022), o estado ainda está longe da universalização prevista em lei.

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