A acreana Brendha Haddad, atriz que recentemente assinou contrato com a Record para a microsérie As Sete Marias, com estreia prevista para 2026, fez um forte desabafo sobre um episódio de importunação sexual que sofreu ainda na adolescência.
O que aconteceu
Em 2001, quando tinha 14 anos, Brendha viajou do Acre para São Paulo com uma amiga para participar de um curso de interpretação. Durante a viagem de dois dias, acabou sentando separada da colega e foi abordada por um homem.
O desabafo de Brenda Haddad
Em uma conversa sensível com a coluna, a artista relembrou o ocorrido.
“Eu tinha cerca de 14 anos. Lembro dele passar a mão no meu braço e na minha mão enquanto eu dormia, isso me deixou apavorada e sem saber o que fazer.”
Assim que conseguiu falar com a mãe, contou o que havia acontecido. “Contei para a minha mãe assim que consegui falar com ela por telefone. Meu pai, por outro lado, só deve descobrir agora, eu nunca tinha conseguido dividir isso com ele.”
Brendha afirmou que não encara o episódio como um trauma, mas que a experiência a fez amadurecer. “Não chamo de trauma, graças a Deus acredito que não encarei assim porque não deu tempo de acontecer algo pior, mas me fez sair da bolha que eu vivia. Eu cresci muito protegida, e aquele momento foi a primeira vez que entendi o que é estar vulnerável. Ficou como um alerta interno, uma consciência que me acompanhou dali pra frente.”
Deixou alerta
Quando perguntada sobre denunciar o caso à polícia, ela explicou: “Não. Eu era adolescente, estava longe dos meus pais e não tinha compreensão do que estava acontecendo. Meu instinto na hora foi só me manter segura.”
Sobre lembrar do agressor, Brendha comentou: “Eu estava tão assustada que mantive os olhos fechados, fiquei imóvel e orando. Meu corpo entrou em modo de autoproteção, eu só queria evitar qualquer reação que pudesse piorar a situação.”
Ela afirmou que decidiu falar sobre o caso agora para abrir sua trajetória e servir de alerta: “Decidi abrir mais da minha trajetória, inclusive as partes difíceis que também me formaram. Esse episódio moldou a forma como eu enxergo proteção, fé e coragem. E porque sei que muitas crianças e adolescentes passam por algo parecido e não são levados a sério. Se a minha história ajudar alguém a reconhecer um limite, pedir ajuda ou se sentir acolhido, então vale a pena falar disso agora.”
Por: Metrópoles






