A música “A Chama” nasceu do desejo de traduzir uma emoção intensa. Movido pela paixão e pela persistência, o cantor e compositor Allan Duacre produziu sozinho tanto a faixa quanto o videoclipe. Lançado no dia 11 de novembro, o clipe mergulha o público em imagens fortes ambientadas em meio a um incêndio, metáfora usada para representar os sentimentos humanos mais profundos e incendiários. Em apenas 10 dias, o vídeo já superou 210 mil visualizações no YouTube.
Alanderson Ramalho, conhecido artisticamente como Allan Duacre, nasceu em Rondônia, mas ainda criança se mudou para o Acre, onde construiu boa parte de suas vivências pessoais e de sua identidade cultural. Ele conta que a música o acompanha desde muito cedo e, mesmo seguindo carreira como professor universitário, nunca deixou que esse amor se apagasse.
“Minha relação com a música começou muito antes de eu me entender como artista. Mesmo seguindo carreira acadêmica, me tornando professor universitário e pesquisador, a música nunca deixou de ser meu lugar de expressão”, relata Allan.
O artista concilia a vida acadêmica com a trajetória musical, tornando-se cantor, produtor, compositor e diretor de seus próprios clipes. Ver que seu trabalho tem conquistado o público só o fortalece e incentiva a seguir no caminho da arte, onde expressa sentimentos e experiências por meio da música.
“A música, pra mim, é casa. É onde tudo começa e volta”, afirma.

A Chama
Lançada no dia 11 de novembro, “A Chama” ultrapassou rapidamente a marca de duzentas mil visualizações. A letra propõe uma reflexão sobre relações que queimam pela intensidade e pelo caos que deixam para trás. Allan conta que o processo de escrita aconteceu de forma natural, rápida e criativa, ainda que inspirado por um período pessoal marcado por sentimentos fortes, dúvidas e muita intensidade emocional.
“Eu queria traduzir sentimentos reais, sem exagero, sem metáfora excessiva. Uma letra direta, que diz muito mesmo com poucas palavras”, explica.
O videoclipe carrega o esforço e a perseverança de Allan. Toda a produção foi pensada e realizada por ele, com apoio do parceiro Emerson, da Lummi Arte, e com ferramentas de inteligência artificial. O artista recriou ambientes consumidos pelo fogo, onde caminha em busca de um pingente de coração flamejante, símbolo do que se perde e do que se tenta recuperar em uma relação.
“No clipe, eu caminho pelos cômodos destruídos pelo fogo procurando um pingente de coração flamejante, algo que simboliza o que se perde e o que se tenta recuperar numa relação”, detalha.
A produção levou semanas de trabalho intenso até que Allan alcançasse o resultado desejado. Sem orçamento e contando apenas com a parceria de um colaborador na edição, ele seguiu firme na proposta de transformar o videoclipe em uma demonstração da força dos artistas independentes do Norte.
“Esse clipe é, de verdade, uma prova da força do artista independente do Norte do país, que cria universos mesmo com pouco”, destaca.
Sonho que move a chama criativa
Animado com a repercussão do clipe, Allan já planeja novas produções, sempre guiado pela criatividade. Seu sonho é construir uma carreira sólida tanto como pesquisador quanto como músico, levando suas músicas e trabalhos audiovisuais para todo o Brasil, carregando consigo as narrativas amazônicas e a força dos artistas independentes do Norte.
“Quero reforçar como é importante apoiar artistas independentes, especialmente os que vêm de regiões fora do eixo. Cada pre-save, cada like, cada compartilhamento faz uma diferença imensa. E agradecer vocês pelo espaço”, afirma.






