O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, comentou na manhã desta segunda-feira, 24, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o gestor, a medida representa uma “injustiça total” e reflete, segundo ele, um cenário de perseguição política contra o ex-chefe do Executivo.
Bolsonaro foi detido no sábado, 22, após tentativa de violação da tornozeleira eletrônica, episódio que motivou o ministro Alexandre de Moraes a determinar sua prisão. Segundo o magistrado, havia risco de fuga e ameaça à ordem pública. A Primeira Turma do STF se reuniu virtualmente nesta segunda e, por unanimidade, acompanhou o entendimento de Moraes, decidindo manter o ex-presidente preso na Superintendência da Polícia Federal.
Bocalom afirmou acreditar que não há fundamentos para incriminar Bolsonaro e citou investigações anteriores, como a que apura a venda de presentes oficiais, como exemplos de processos que, na visão dele, não apresentam provas. “Criaram esse factoide de 8 de janeiro para tirar da eleição o maior líder da direita. Ninguém consegue provar nada contra ele”, declarou, ao comentar os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O prefeito também comentou sobre a tentativa de Bolsonaro de danificar a tornozeleira eletrônica, atribuindo o caso ao desgaste emocional. “Você acha que um homem sob a pressão que ele está consegue raciocinar bem o tempo todo? Qualquer pessoa ali poderia ter um surto. Ele está doente”, disse. Ele criticou ainda a possibilidade de falta de atendimento médico adequado, classificando a situação como “desumana”.