O caso da jovem Yara Paulino, que foi linchada em via pública, no conjunto habitacional Cidade do Povo sob acusação de ter matado a própria filha, uma bebê que, à época, tinha dois meses, começa a ganhar desfecho. Isto porque a instrução penal que apura as circunstâncias da morte da mulher está em fase de conclusão e, a partir de agora, o processo segue para etapa das alegações finais por parte do Ministério Público do Acre (MPAC) e das defesas. Depois, a Justiça deve decidir se os acusados serão levados ou não a julgamento pelo Tribunal do Juri.
Na última terça-feira, 4, a 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar realizou mais uma audiência do caso, conduzida pela juíza Ellen Oliveira, no Fórum Criminal de Rio Branco. Foi realizada a acareação entre o réu Francisco Gleidson de Souza Nunes, conhecido como Nenê, e um investigador da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil. Esse foi um pedido da defesa do réu para esclarecer supostas divergências nos depoimentos prestados após os depoimentos.
Foram denunciados pelos crimes de tortura, integração em organização criminosa e homicídio qualificado os seguintes réus: Leiliane Alves da Silva, Maria Liberdade da Silva Siqueira Chaves, José Gabriel Lima do Nascimento, Misael Bezerra Freire, Ismael Bezerra (que é o pai da criança desaparecida), Patrícia de Castro da Silva, Francisco Gleidson de Souza Nunes (Nenê), Janderson Duque de Barros e Gabriel Souza Salles.
Relembre o caso
O caso ocorreu na tarde de 24 de março de 2025, quando moradores da região, acreditando que uma ossada que havia sido encontrada numa área de mata seria da criança, que estava desaparecida, fizeram um “tribunal do crime” e decidiram executar a mulher a golpes de ripa e machado.
Inicialmente, havia a suspeita de que um corpo de criança tivesse sido encontrado na região, mas a equipe do Instituto Médico Legal (IML) esclareceu que os restos mortais pertenciam a um animal. Até o momento, a bebê não foi encontrada.









