O Brasil está sediando a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), aqui na região Norte do país, em Belém. O encontro reúne líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil que discutem ações para combater as mudanças do clima.
A Energisa também está presente na COP30 com o compromisso de contribuir para a descarbonização do Brasil, com atenção especial à Amazônia Legal.
Nosso propósito é mostrar como o ecossistema de soluções do Grupo pode acelerar a transformação energética de forma sustentável, inclusiva e conectada às necessidades locais, unindo inovação, fontes renováveis e desenvolvimento regional.
A sustentabilidade não é um pilar isolado no Grupo Energisa: está integrada à estratégia, por meio da chamada Energia 5D. Cada D traduz um vetor de transformação que orienta as decisões da companhia: descarbonização, digitalização, descentralização, democratização e diversificação.
No Acre, a Energisa vem colocando esses princípios em prática com o programa de descarbonização, que já desligou seis termelétricas movidas a diesel e evitou a emissão de mais de 166 mil de toneladas de CO₂.
A conexão de Cruzeiro do Sul ao Sistema Interligado Nacional (SIN) encerrou o ciclo de integração de sistemas isolados conduzido pela Energisa na região. Antes da interligação, o município era o segundo maior sistema isolado do país e dependia de uma usina a diesel com capacidade de 20 MW, consumindo cerca de 54 milhões de litros de combustível por ano.
O início da operação da Linha de Transmissão que conecta Rio Branco a Cruzeiro do Sul marcou a conclusão, no fim de 2024, da primeira parte do Programa de Descarbonização da Amazônia Legal. A integração do município ao SIN, que também conectou Feijó e Tarauacá, possibilitou a desativação da usina termelétrica da cidade que era uma das maiores da Região Norte.
Quando se fala em atuação ambiental, o projeto que leva energia para a Vila Restauração é sempre referência. Durante décadas, as famílias da comunidade, distante sete horas de barco do município de Marechal Thaumaturgo, era sinônimo de escuridão.
A energia usada pelas cerca de 200 famílias que moram lá vinha de um gerador a diesel que funcionava apenas três horas por dia. À noite, era impossível estudar, conservar alimentos ou manter atendimentos médicos básicos.
Cerca de quatro anos depois da chegada da eletricidade permanente, a realidade mudou. Hoje, as famílias que vivem no meio da floresta têm luz 24 horas, internet, comércio fortalecido e novos serviços, como açougue, sorveteria e salão de beleza.
Os 580 painéis solares geram e as baterias de lítio armazenam a energia que a comunidade precisa. Uma verdadeira operação de guerra foi feita para transportar os equipamentos em caminhões, balsas e barcos até um dos pontos mais remotos da Amazônia. O objetivo era provar que era possível substituir o diesel por uma solução limpa e replicável em comunidades isoladas da região.
Nova realidade

A escola passou a ter ventiladores, projetor e internet para as aulas, o que tornou a rotina mais produtiva e abriu novas possibilidades de aprendizado. O posto de saúde, que antes mal acionava a bomba d’água, hoje mantém vacinas armazenadas com segurança. As famílias conseguem conservar alimentos por mais tempo, muitos moradores passaram a assistir televisão à noite e o comércio local cresceu. A comunicação também avançou com a instalação de uma torre de telefonia celular, o que facilitou o uso de máquinas de cartão, o contato com fornecedores e os pagamentos sem necessidade de ir até a cidade.
Reconhecimento internacional
O pioneirismo do modelo de energia na Vila Restauração ganhou destaque fora do Brasil. Em junho de 2023, o projeto venceu o “The Smarter E Award”, em Munique, na Alemanha, um dos prêmios mais importantes do setor de renováveis. Entre os sete finalistas, o trabalho brasileiro foi o único realizado no hemisfério sul, superando iniciativas da Europa, Estados Unidos e Ásia.
O diretor presidente da Energisa Acre, Ricardo Xavier, destaca que o compromisso real da empresa é com o futuro e com o desenvolvimento das comunidades onde está inserida.
“Na Energisa, acreditamos que a energia tem o poder de transformar. Quando investimos em fontes mais limpas, eficiência, inovação e educação ambiental, estamos cuidando das pessoas — das que estão aqui agora e das que virão depois de nós. Estamos olhando para a floresta em pé, para o desenvolvimento que respeita o território e para oportunidades que não sacrificam o amanhã”.
O Grupo Energisa acredita que o futuro da energia será construído por meio de uma matriz diversa e complementar, que combina diferentes tecnologias e fontes renováveis. Por isso, aposta na multipotencialidade como diferencial estratégico para ampliar o acesso à energia limpa, apoiar comunidades em áreas remotas e impulsionar um futuro energético mais justo, acessível e sustentável para todos.