O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, apresentou nesta sexta-feira, 21, durante palestra no encontro da construção civil realizado no auditório da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), um panorama das obras já executadas, dos projetos em andamento e das metas da gestão até 2026. O evento reuniu empresários, engenheiros, economistas e representantes do setor produtivo.
Ao iniciar sua apresentação, Bocalom ressaltou a importância do diálogo com a construção civil. “Eu estou feliz, porque isso aqui é uma iniciativa do sindicato da construção civil em chamar a gente para mostrar tudo que a gente tem feito de obras. Isso aqueceu o comércio, o mercado local. Eles estão se sentindo acolhidos na nossa gestão”, afirmou.
O prefeito também destacou a previsibilidade que, segundo ele, tem sido garantida às empresas. “Você faz a obra, você recebe, você não é enganado. Essa é a grande diferença”, disse. Ele ainda ressaltou o papel social das obras habitacionais: “Uma política habitacional ativa possui um impacto gigantesco sobre a redução da taxa de desocupação, sobre a redução da pobreza e principalmente sobre a geração de renda”.

O economista Rubicleis Gomes apresentou dados atualizados sobre o desempenho do setor e os efeitos dos investimentos públicos na economia da capital. “Um estudo estimou que, no período de 2024 a 2025, nós vamos ter a geração de seis mil postos de trabalho, sendo aproximadamente dois mil e quinhentos só em Rio Branco. Isso é extremamente positivo para a economia, gera emprego, gera renda”, afirmou.
O presidente da Fieac, José Adriano, destacou que a retomada das obras trouxe novo fôlego a um setor que passou por uma década de retração. “A construção civil já foi muito mais representativa no PIB acreano. Tivemos um hiato de 10 anos sem obras de habitação, mas, a partir do ano passado, isso foi retomado. Tanto o governo do Estado quanto a prefeitura de Rio Branco fizeram grandes investimentos em infraestrutura, trazendo esperança e motivação para o setor”, disse.
Segundo ele, o desafio agora é recuperar trabalhadores que migraram para outras áreas. “O setor precisa reconquistar a mão de obra que buscou sobrevivência em outros segmentos da economia, com desvio de função. A gente está otimista, mas espera que esse formato das edificações também chegue ao interior”.

José Adriano defendeu continuidade no ritmo das obras. “Esse evento busca pegar o exemplo da prefeitura, que trabalhou 2023 e 2024 com muita intensidade, para mantermos a perenidade das execuções. Isso dá segurança ao trabalhador da construção civil.”
Ele também adiantou que os dados apresentados serão analisados de forma crítica: “A prefeitura vai apresentar os números e nós vamos fazer uma crítica sobre eles para motivar investimentos em áreas onde possamos alcançar mais pessoas.”
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Acre (Sinduscon/AC), Carlos Afonso, reforçou a importância do planejamento conjunto. “Se a gente já fica sabendo que vai haver investimentos na educação, na infraestrutura, nós nos preparamos para quando isso acontecer. Treinamento, capacitação, manutenção dos nossos equipamentos… é uma forma de nos organizarmos melhor”.

A programação do encontro contou com apresentações técnicas, avaliação de dados do setor e debates sobre as obras previstas pela prefeitura e pela indústria até 2026.






