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Enem 2025: Qual será o tema da redação? Veja apostas e dicas de professoras do Acre

Enem 2025: Qual será o tema da redação? Veja apostas e dicas de professoras do Acre

Foto: Divulgação/MEC

Com a chegada do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025, A GAZETA conversou com duas professoras de redação para reforçar orientações essenciais para quem sonha com uma vaga no ensino superior. Entre as principais recomendações, estão a atenção aos temas atuais, especialmente ligados ao meio ambiente, o uso correto da norma culta e uma proposta de intervenção bem estruturada.

A professora Valdinéia da Luz Meira Machado lembra que, embora não seja possível prever o tema exato da redação, há pautas já consolidadas no debate público. “Existem tendências, assuntos que estão em pauta. Destaco a questão dos temas ambientais, em um ano em que o Brasil sedia a COP30. Há um olhar do mundo todo voltado para o Brasil, para essa questão da proteção ambiental e dos assuntos climáticos”, afirma.

Ela chama atenção para tópicos como racismo ambiental, consumo excessivo de plástico e descarte de lixo eletrônico, por se tratar de “discussões presentes na sociedade e que envolvem o comportamento do brasileiro em relação à sustentabilidade”.

Segundo a docente, temas sobre violência contra a mulher devem perder espaço. “Não acredito que o feminicídio apareça este ano, até porque em 2023 tivemos um tema envolvendo a figura feminina e, em 2015, a violência contra a mulher já havia sido abordada pelo Enem”, explica.

Principais erros que tiram pontos

Valdinéia destaca problemas recorrentes identificados pelos corretores:

Ela reforça que, antes de passar a limpo, o estudante deve revisar cada parágrafo: “Veja se sua tese está ali, se os conectivos estão presentes e se os cinco elementos da proposta foram contemplados”.

Para quem trava no meio da escrita, a recomendação é voltar ao início. “Travou no terceiro parágrafo? O problema não está ali. O problema está na elaboração da tese. Se não há como justificar seu ponto de vista, troque a tese”, orienta Valdinéia.

Tempo: um dos maiores inimigos

A professora de redação Patrícia Rufino destaca que, com 90 questões e uma redação, o estudante precisa administrar bem o tempo. “Apesar de cinco horas e meia parecerem suficientes, o aluno pode se perder e acabar não fazendo a redação ou entregando incompleta”.

Ela também fala sobre o nervosismo. “A insegurança é comum e não pode anular o aluno. Em poucos minutos de prova, a concentração costuma vencer o medo”. Uma boa leitura da proposta é o primeiro passo: “O estudante precisa compreender não só a temática, mas o recorte que a banca deseja”, ressalta.

Patrícia lembra que temas polêmicos tendem a ser evitados pela banca e reforça o que já disse a professora Valdinéia: os eixos do momento são o social e o ambiental. Além disso, a especialista resume como deve ser um texto que concorre à nota máxima:

“São quatro parágrafos, cada um com pelo menos três períodos, repertório legitimado e operadores linguísticos conectando tudo. A proposta de intervenção precisa ter agente, ação, modo, efeito e detalhamento”, pontua, reforçando a necessidade de uma estratégia prática. “Faça a leitura da proposta, avance no caderno de Humanas e volte para escrever. Isso ajuda o cérebro a formular repertórios”.

Ao copiar o texto para a folha definitiva, a revisão deve ser feita parágrafo por parágrafo. “Se cometer erro, risque com um traço simples e reescreva ao lado. Apagadores não são permitidos”.

Para não esquecer no dia da prova

  1. Comece pela leitura atenta dos textos motivadores
  2. Planeje sua tese antes de escrever
  3. Revise a proposta de intervenção com cuidado
  4. Use conectivos — sempre
  5. Cite o tema sem medo
  6. Gerencie o tempo estrategicamente

As duas professoras concordam que o mais importante é manter a calma e confiar na preparação. “Leitura e articulação de ideias salvam vidas na redação do Enem”, resume Valdinéia.

 

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