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EXCLUSIVO: Família de técnica de enfermagem encontrada morta diz que mensagens de socorro só chegaram após resgate; “não havia sinal”

EXCLUSIVO: Família de técnica de enfermagem encontrada morta diz que mensagens de socorro só chegaram após resgate; "não havia sinal"

A família de Rakel Muniz de Lima, de 49 anos, técnica de enfermagem que estava desaparecida desde domingo, 2, e que foi encontrada sem vida nesta segunda-feira, 5, falou com exclusividade À GAZETA sobre a procura e o resgate da mãe.

De acordo com a filha, Marina Oliveira, os parentes têm sido atacados após a divulgação de áudios em que Rakel pedia ajuda, informando que havia sofrido um acidente. “Estávamos desde domingo à noite procurando pela minha mãe. Estamos vendo as notícias e ficando tristes com tantas falas absurdas”, enfatizou, acrescentando ainda não saber quem vazou os áudios. “Encaminhei à minha família, ela havia me enviado a localização. Mas, as mensagens só chegaram depois”, explicou.

Marina negou que a família tenha se negado a procurar a técnica de enfermagem. “Não havia sinal [de telefone]. Quando ela foi encontrada, peguei todos os pertences dela e fui direto à Defla [Delegacia de Flagrantes] para fazer o boletim de ocorrência do falecimento. Enquanto eu estava lá, as mensagens começaram a chegar”, contou.

Ainda segundo Marina, a família passou diversas vezes pelo local, mas, como Rakel estava em uma área de mata muito densa, ninguém conseguiu vê-la. “Eu, minha família quase toda, amigos, policiais que são amigos nossos, todos estávamos à procura dela. Ninguém deixou ou ficou sentado, esperando uma ligação. Estávamos a procura”.

A filha da vítima conta ainda que os tios, que são irmãos de Rakel, estão se sentindo culpados. “Principalmente por não terem achado, estando tão próximo. Estávamos justamente nas redondezas em que ela se encontrava”, lamentou.

Relembre o caso

Rakel Cristina Muniz de Lima, de 49 anos, havia participado de uma confraternização na chácara Ipê. Testemunhas afirmam que ela deixou o local conduzindo uma motocicleta, com destino ao bairro Vila Acre, onde morava. Durante o trajeto, ao passar pela Via Verde, teria batido em um quebra-molas, perdido o controle da moto e caído em uma área de vegetação na lateral da rodovia.

O capacete não estava afivelado e saiu no momento da queda. A suspeita inicial é de que a mulher tenha sofrido uma fratura no pescoço. Moradores localizaram o corpo e acionaram a Polícia Militar, que isolou a área. A equipe do Samu compareceu com suporte avançado, mas constatou o óbito no local.

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