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Maioria dos agressores de mulheres no Acre é de homens heterossexuais com ensino médio completo, aponta levantamento

Maioria dos agressores de mulheres no Acre é de homens heterossexuais com ensino médio completo, aponta levantamento

O Acre registrou, entre janeiro e outubro deste ano, 2.999 episódios de violência, segundo informações do Painel de Dados de Violência Doméstica do governo federal. Embora grande parte das ocorrências não informe o perfil do agressor, os casos em que houve identificação revelam um padrão preocupante: são homens heterossexuais, com ensino médio completo.

Homens heterossexuais são responsáveis por 602 violências, seguido por casos envolvendo agressores bissexuais, lésbicas ou classificados como “outro”, que somam números significativamente menores.

O levantamento também aponta que, entre os autores identificados, o nível de instrução predominante é o ensino médio completo, com 126 violências atribuídas a pessoas com esse grau de escolaridade. Em seguida, aparecem os agressores com ensino fundamental incompleto (108) e ensino médio incompleto (63). Há ainda registros envolvendo autores com ensino superior completo ou incompleto.

A categoria “não informado” segue sendo a mais numerosa por larga margem, tanto em orientação sexual quanto em escolaridade, o que demonstra dificuldade em identificar completamente o perfil dos autores em muitos atendimentos.

Denúncias por parte da própria vítima

O relatório mostra ainda que a própria vítima é quem mais denuncia, aparecendo como responsável por 86,04% dos registros. O WhatsApp segue como principal canal de atendimento, concentrando 82,24% de todas as comunicações.

Em relação à frequência das agressões, a maioria dos registros aparece sem detalhamento, mas entre os casos informados, destaca-se a violência diária (5,39%) e ocasional (2,56%), reforçando o caráter repetitivo de muitas situações.

 

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