O Acre tem 366 crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos vivendo em união conjugal, segundo dados do Censo Demográfico 2022: Nupcialidade e Família, divulgados na quarta-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número, embora 13,68% menor que o registrado há 12 anos, ainda evidencia a permanência do casamento infantil no estado – prática considerada ilegal para menores de 14 anos.
No levantamento anterior, realizado em 2010, o IBGE havia identificado 424 uniões formais ou informais envolvendo crianças e adolescentes. A redução indica algum avanço no enfrentamento ao problema, mas o volume de casos permanece significativo do ponto de vista dos direitos da infância e adolescência.
O estudo mostra ainda um crescimento expressivo entre adolescentes de 15 a 19 anos: o Censo contabilizou 10.641 casais nessa faixa etária em 2022, um aumento de mais de 340% em relação ao levantamento anterior.
Maioria vive união consensual
Entre os 335.821 casais acreanos identificados pelo IBGE, a maioria não oficializa o relacionamento. O levantamento mostra que:
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171.531 (51,09%) vivem em união consensual;
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93.119 têm registro apenas civil;
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58.565 formalizam no civil e religioso;
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12.567 apenas no religioso.
O cenário é semelhante ao observado no país: 51,3% da população brasileira com 10 anos ou mais vive em união conjugal, somando 90,3 milhões de pessoas.







