O Rio Acre amanheceu nesta quinta-feira, 6, com 2,35 metros em Rio Branco, segundo dados da Defesa Civil Municipal. O nível representa 39 centímetros a menos que o registrado na quarta-feira, 5, quando o manancial marcou 2,74 metros. Nas últimas 24 horas, a capital acreana registrou 4,20 milímetros de chuva.
As medições mostram uma tendência de queda ao longo da semana:
- Segunda-feira, 3 – 2,87 m
- Terça-feira, 4 – 2,79 m
- Quarta-feira, 5 – 2,74 m
- Quinta-feira, 6 – 2,35 m
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, o mês de outubro foi o primeiro desde abril a registrar chuvas acima da média histórica, que é de 150 milímetros. O volume observado foi de 204,6 mm, representando um acréscimo de 36,5% em relação ao esperado. Foi o outubro mais chuvoso dos últimos cinco anos, com exceção de 2022.
Quanto ao nível do rio, 2025 apresenta o quinto melhor índice dos últimos 11 anos para este período do ano. Apenas 2017, 2018, 2019 e 2024 registraram médias mais altas, enquanto 2015, 2016, 2020, 2021, 2022 e 2023 tiveram índices inferiores.
Segundo Falcão, desde a segunda quinzena de outubro, a região está sob influência do fenômeno La Niña, caracterizado pelo resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, o que tende a aumentar o volume de chuvas na Amazônia Ocidental. “A previsão é de que o fenômeno se intensifique ao longo de novembro, elevando a probabilidade de precipitações acima da média, que para o mês é de 206,1 mm”, afirmou.
Com isso, a Defesa Civil prevê que o nível do Rio Acre comece a subir no final de novembro, com tendência de aumento nos meses seguintes. Caso o cenário se confirme, a cota de transbordamento poderá ser alcançada nos primeiros meses de 2026.
Durante este mês, os órgãos de monitoramento e resposta devem se reunir no encontro “pré-cheia”, quando será elaborado um prognóstico mais detalhado sobre o comportamento hidrológico na transição de 2025 para 2026, especialmente com foco no primeiro trimestre do próximo ano.