Rio Branco alcançou uma das quedas mais expressivas no desemprego entre adultos de 25 a 39 anos no país, segundo análise dos microdados da PNAD Contínua (IBGE). O levantamento mostra que a capital não apenas superou a média nacional, como também ultrapassou o desempenho médio do Acre no mesmo período.
Entre o segundo trimestre de 2022 e o terceiro trimestre de 2025, a taxa de desocupação na capital caiu 56,6%, recuando de 14,3% para 6,1% na faixa etária de maior produtividade econômica. O resultado coloca Rio Branco com a melhor trajetória proporcional de redução do desemprego entre os recortes avaliados.
Os dados apontam que, enquanto o Brasil apresentou queda de 37,3% e o Acre reduziu 33,9% no índice de desocupação nessa faixa etária, Rio Branco avançou de forma mais acelerada, consolidando uma convergência inédita com a média nacional. No mesmo intervalo, a diferença entre o índice da capital e o índice brasileiro caiu de 6 pontos percentuais para apenas 1 ponto.
A capital acreana também ultrapassou o próprio estado ao longo da série observada: no primeiro trimestre de 2025, Rio Branco passou a registrar uma trajetória de desempenho superior, fenômeno que não ocorria nas séries anteriores da PNAD Contínua para o recorte analisado.
Painéis do levantamento destacam três fatores principais:
- Efeito de base: o patamar inicial elevado permitiu quedas percentuais mais acentuadas;
- Focalização municipal: ações com impacto direto no mercado de trabalho formal;
- Aquecimento setorial: crescimento de setores intensivos em mão de obra adulta e aumento da demanda por serviços urbanos.
Grandes obras impulsionam o mercado e ampliam a oferta de trabalho
A Prefeitura de Rio Branco atribui o resultado ao fortalecimento de políticas locais voltadas ao desenvolvimento econômico, qualificação profissional, estímulos à formalização e à execução de um dos maiores conjuntos de obras públicas da história recente da capital.
O município destaca que a geração de empregos tem sido diretamente impactada por investimentos estruturantes, entre eles:
- Novo Mercado Elias Mansour, em reconstrução;
- Viaduto Mamédio Bittar, a maior obra de mobilidade da história da cidade;
- Novas sedes da Câmara Municipal e do RBPrev;
- Equipes simultâneas da Emurb executando pavimentação e tapa-buracos em diversos bairros;
- Um catálogo de cerca de 70 obras em andamento, incluindo escolas, unidades de saúde, melhorias viárias e requalificações urbanas.
As obras têm mobilizado empresas locais, ampliado a cadeia da construção civil, incentivado o comércio e gerado vagas diretas e indiretas em múltiplos segmentos — da mão de obra operacional à engenharia técnica.
Para o prefeito Tião Bocalom, o impacto no emprego é resultado direto de um plano de obras estruturado e contínuo:
“Essas obras colocaram Rio Branco em outro patamar. O mercado de trabalho está aquecido e já existem empreiteiras chamando gente de cidades vizinhas para trabalhar aqui, porque a demanda aumentou muito. Sempre defendemos que uma prefeitura forte, com obras e serviços avançando, gera emprego e renda. Os números agora comprovam isso: a capital está no caminho do desenvolvimento e das oportunidades”, afirmou o prefeito.
Projeções técnicas indicam que, mantida a trajetória atual, a capital pode igualar a média nacional de desocupação nessa faixa etária dentro de quatro a seis trimestres, consolidando uma virada histórica no mercado de trabalho local.








