O Acre encerrou 2024 com o menor número de vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) em toda a série histórica iniciada em 2015, segundo dados divulgados pelo Anuário de Indicadores da Violência do Ministério Público do Acre (MPAC). Com 169 vítimas registradas ao longo do ano, o estado acumula uma queda de 65,7% em relação ao pico de 2017, quando foram contabilizadas 492 mortes, um dos momentos mais críticos da violência no país.
Ainda segundo o levantamento, a taxa de letalidade, que naquele período alcançou 58,3 vítimas por 100 mil habitantes, recuou para 19,2 por 100 mil em 2024, aproximando o Acre da média nacional, hoje em 17,8, e abaixo da média da Região Norte, que está em 23,1.
O estudo aponta também que, pelo quinto ano consecutivo, o estado mantém tendência consistente de queda, mostrando que o fenômeno não decorre apenas de flutuações pontuais, mas de um processo sustentado. Em relação a 2023, a redução foi de 15,5%, a oitava maior entre todas as unidades da federação, o que reposicionou o Acre na 15ª colocação nacional no ranking de letalidade violenta.
A trajetória de queda se confirma também na mudança do comportamento dos registros ao longo dos anos. Rio Branco, que antes concentrava mais de 60% das vítimas, passou a dividir a responsabilidade pela violência letal com os demais municípios. Em 2024, a distribuição se equilibrou: metade dos casos ocorreu na capital e metade no interior, o que indica que o fenômeno hoje se apresenta de forma mais homogênea no território e menos sujeito a explosões localizadas.








