Oito mandados de busca e apreensão e de bloqueio de bens foram cumpridos nesta terça-feira, 11, nos municípios de Rio Branco, Xapuri e Cruzeiro do Sul, em uma operação da Polícia Civil do Acre, que apura a prática de crimes contra a ordem tributária e associação criminosa. A ação resultou no bloqueio judicial de valores que somam R$ 951.279,32, em medidas voltadas ao ressarcimento de danos ao erário.
As ordens judiciais foram expedidas no âmbito de uma investigação que aponta a atuação de um empresário do ramo comercial suspeito de usar empresas registradas em nome de “laranjas” para movimentações financeiras irregulares e para aquisição de mercadorias com benefícios fiscais da Área de Livre Comércio (ALC), sem o recolhimento dos tributos devidos.
De acordo com as investigações, o empresário controlava simultaneamente três empresas utilizadas para simular operações comerciais e ocultar o real volume de receitas. As apurações também indicam a compra de veículos de alto valor entre 2019 e 2021, incompatíveis com o faturamento declarado ao Fisco.
Os mandados foram cumpridos em endereços residenciais e comerciais ligados aos investigados, resultando na apreensão de documentos, mídias digitais e outros bens de interesse da apuração.
A operação foi conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Fazendários (Defaz), com apoio das Delegacias de Xapuri e Cruzeiro do Sul. O trabalho integra as ações do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA), composto pela Polícia Civil, Ministério Público do Acre (MPAC), Secretaria da Fazenda (Sefaz) e Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
Segundo o delegado Igor Brito, titular da Defaz, a operação representa um avanço no combate à sonegação e à lavagem de dinheiro no estado. “Nosso objetivo é proteger os cofres públicos e garantir que todos contribuam de forma justa com o Estado. Essa integração entre instituições é fundamental para fortalecer o enfrentamento aos crimes fiscais”, afirmou.










