As acusações do deputado federal Coronel Ulysses (União Brasil-AC) sobre suposta cobrança de propina durante governos do PT no Acre geraram resposta dos petistas. O vereador André Kamai, que é presidente da sigla no estado, classificou as declarações como “irresponsáveis” e garantiu que o partido vai cobrar esclarecimentos na Justiça.
A reação do PT veio após Ulysses declarar, em um podcast, na última que quinta-feira, 30, que a empresa VIP Segurança Privada, administrada pela esposa dele, teria sido “chantageada” por integrantes do governo para apoiar a reeleição de Tião Viana (PT). O parlamentar afirmou que a empresa ficou “seis meses sem receber mais de três milhões e meio” em pagamentos do Estado e que “se não fizesse a reunião, não receberia”.
“Essa fala do Coronel Ulysses é de uma irresponsabilidade enorme”, afirmou. “Ele conseguiu, em uma frase, acusar sua própria esposa de participar de um esquema de corrupção e ainda dizer que ele mesmo prevaricou.”
Kamai destacou que Ulysses ocupou cargos de confiança em gestões petistas, o que, segundo ele, torna ainda mais grave a acusação. “Ele foi subcomandante da Polícia Militar no governo do Tião Viana, foi promovido pelos governos anteriores, e agora tenta criar um fato político atacando quem o ajudou”, disse.
O vereador também questionou por que o deputado não teria tomado providências, caso realmente tivesse conhecimento de irregularidades.
“Se ele sabia de um crime, tinha obrigação de agir. Deveria ter dado voz de prisão no dia, e não vir anos depois com acusações sem prova”, criticou. “Ele vai ter agora a oportunidade de apresentar essas provas na Justiça.”
Segundo Kamai, o ex-governador Tião Viana também pretende entrar com ação. “Vamos ao Ministério Público e à Justiça comum. Ele vai responder por essa calúnia que lançou sobre os governos do Partido dos Trabalhadores e sobre o Tião Viana”, reforçou.
Acusações de Ulysses
A reação do PT veio após Ulysses declarar, no podcast Papo Informal, que a empresa VIP Segurança Privada, administrada pela esposa dele, teria sido “chantageada” por integrantes do governo para apoiar a reeleição de Tião Viana (PT). O parlamentar afirmou que a empresa ficou “seis meses sem receber mais de três milhões e meio” em pagamentos do Estado e que “se não fizesse a reunião, não receberia”.
O deputado também afirmou que “esse tipo de situação acontecia no governo do PT” com outras empresas.
Kamai afirma que a fala do deputado tem intenção exclusiva de desgastar adversários políticos.
“É mentira absoluta. Ele está apenas tentando se fazer de vítima e jogar lama em quem construiu o Acre com trabalho e seriedade. Não vamos aceitar”, declarou.