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Adeus às injeções? EUA aprovam versão em comprimido do Wegovy para emagrecer

Adeus às injeções? EUA aprovam versão em comprimido do Wegovy para emagrecer

Medicamento Wegovy, composto pela semaglutida — Foto: Reprodução/RBS TV

A gigante farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk anunciou na segunda-feira (22) que a agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) autorizou que o popular fármaco antiobesidade GLP-1 Wegovy seja administrado em comprimidos para a perda de peso.

“Com a aprovação de hoje da pílula de Wegovy, os pacientes terão um comprimido prático de uma dose diária que pode ajudá-los a perder tanto peso quanto a injeção original de Wegovy”, disse Mike Doustdar, presidente e diretor-executivo da Novo Nordisk, em comunicado.

Essa autorização deveria permitir que mais americanos tenham acesso a esses tratamentos para emagrecer, considerados por muitos especialistas como revolucionários.

Uma nova geração de fármacos supressores do apetite chamados agonistas de GLP-1 se tornou popular nos últimos anos.

Conhecidos por seus nomes comerciais Ozempic, Wegovy e Mounjaro, esses fármacos surgiram há uma década como tratamentos contra a diabetes e, mais recentemente, têm sido utilizados para facilitar a perda de peso.

O comprimido da Novo Nordisk será autorizado para a perda de peso e sua manutenção em adultos com obesidade ou para pessoas com excesso de peso que apresentem pelo menos uma comorbidade relacionada ao sobrepeso, como, por exemplo, um problema cardíaco, informou a empresa.

A notícia foi celebrada pela rede norte-americana ‘Obesity Care Advocacy Network’, que defende os pacientes com obesidade, uma doença crônica que afeta quase 40% dos adultos nos Estados Unidos.

“O avanço representa uma oportunidade importante para as pessoas que vivem com obesidade ao oferecer uma alternativa para quem hesita em iniciar uma terapia injetável e ao proporcionar uma opção potencialmente menos cara”, destacou a rede em um comunicado enviado à AFP.

A empresa Novo Nordisk assinou em novembro um acordo com o governo dos Estados Unidos no qual previa a oferta de tratamento em comprimidos a partir de 150 dólares (838 reais) por mês, ou seja, muito abaixo do custo atual das versões injetáveis.

O preço das injeções, incluindo as populares Ozempic e Zepbound, pode superar 1.000 dólares (5.590 reais) por mês nos Estados Unidos, o que afasta muitos pacientes.

O laboratório dinamarquês não revelou detalhes sobre o preço final, mas indicou que planeja comercializar a pílula a partir de janeiro de 2026.

O tratamento foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no início de dezembro, com o respaldo aos fármacos GLP-1, eficazes contra o sobrepeso e a diabetes. A organização assegurou que poderiam se tornar uma ferramenta-chave para reduzir a obesidade, que afeta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo.

Por: G1 Saúde

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