O nível do Rio Acre segue em elevação em Rio Branco e atingiu 15,08 metros na medição das 15h deste domingo, 28, conforme atualização divulgada pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Cláudio Falcão, um levantamento feito com base nos 55 anos de monitoramento hidrológico do município aponta que apenas uma vez na história o Rio Acre havia transbordado no mês de dezembro. O registro anterior ocorreu em 26 de dezembro de 1975, há exatos 50 anos.
Segundo Falcão, em 2019 houve uma situação próxima, quando o rio alcançou 13,78 metros, ficando acima da cota de alerta, mas sem transbordamento.
“Estamos vivendo agora um momento histórico negativo, mas que não deixa de ser histórico”, afirmou o coordenador ao comentar o cenário atual.

Situação na capital
A enchente do Rio Acre e o transbordamento de igarapés já provocaram impactos diretos em ao menos 20 bairros de Rio Branco, atingindo mais de duas mil famílias desde o início da elevação dos níveis das águas. O transbordamento do rio ocorreu por volta das 9h de sábado, 27, e, desde então, o nível segue em alta.
Além da cheia do rio, a capital já havia sido afetada por uma forte enxurrada no dia anterior, o que ampliou a área atingida, sobretudo em regiões próximas a igarapés, aumentando os prejuízos e a demanda por ações emergenciais.

Famílias fora de casa e abrigos
Até o momento, 39 famílias, somando cerca de 122 pessoas, foram removidas pela Defesa Civil Municipal e pelo Corpo de Bombeiros para casas de parentes, sendo classificadas como desalojadas. Outras 35 famílias, com 115 pessoas, estão acolhidas em abrigos públicos organizados pela Prefeitura de Rio Branco.
Atualmente, quatro escolas municipais funcionam como abrigos: duas na região da Conquista, uma no bairro Tropical e uma no bairro Mocinha Magalhães. Três dessas unidades já atingiram a capacidade máxima.
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