O suspeito de matar o colunista social, ativista cultural e servidor público Moisés Alencastro já foi interrogado pela Polícia Civil do Acre nesta quinta-feira, 25, e relatou a dinâmica do crime. A informação foi confirmada pelo delegado Alcino Júnior, responsável pelo caso, durante nova atualização sobre as investigações.
Segundo o delegado, após a decretação da prisão preventiva, as equipes da Delegacia de Homicídios passaram a realizar buscas contínuas para localizar Antônio de Souza Moraes, de 22 anos, que estava foragido.
“Desde ontem, após o mandado de prisão, a equipe da Delegacia de Homicídios passou a fazer buscas ininterruptas e, diante de toda essa comoção que surgiu, descobrimos que o autor estaria em região de mata, ali da região do Eldorado, Quixadá. Quando foi agora na madrugada, ele procurou pessoas ligadas à sua família e, diante dessas informações, nós fomos até o local e lá ele acabou se entregando”, afirmou.
Após a entrega, o suspeito foi conduzido à sede da Polícia Civil, onde passou por interrogatório e teve todos os procedimentos legais realizados. Ele deve ser apresentado à audiência de custódia.
Detalhes do depoimento não serão divulgados
Questionado sobre a motivação do crime, Alcino Júnior confirmou que o suspeito apresentou sua versão dos fatos, mas destacou que o conteúdo do depoimento será mantido sob sigilo nesta fase da investigação.
“Ele contou para a gente, sim, a dinâmica, o que aconteceu. Nesse momento não é oportuno que a gente faça divulgações a esse respeito, até porque essas investigações, como eu falei, apesar de a gente ter identificado a autoria, elas ainda precisam se aprofundar em alguns outros aspectos”, explicou.
Segundo ele, apesar de a autoria já estar identificada, ainda há pontos que precisam ser aprofundados antes da conclusão do inquérito.
Polícia trabalha para identificar segundo acusado
Durante a atualização, Alcino Júnior reforçou que a investigação segue concentrada na identificação de um segundo envolvido no crime. A existência desse coautor, segundo o delegado, já havia sido indicada anteriormente por elementos periciais e pela análise da cena do crime.
“Agora estamos trabalhando a identificação desse segundo acusado, o coautor, para definir a busca e a prisão também do segundo envolvido”, disse.