O Natal de 2025 deve movimentar o comércio de Rio Branco, mas com um consumidor mais cauteloso. Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio/AC) aponta que 39,3% da população da capital pretende gastar menos neste fim de ano em comparação ao Natal de 2024. O levantamento foi realizado pelo Instituto DataControl no dia 13 de dezembro, com 201 moradores de Rio Branco.
Apesar da retração, 28,5% dos entrevistados afirmaram que devem manter o mesmo nível de gastos do ano passado, enquanto 24,3% disseram estar estimulados a gastar mais. O resultado reflete o peso da renda familiar no planejamento das compras, já que 62,1% da população possui renda mensal de até dois salários mínimos.
Onde e como os moradores pretendem comprar
O comércio do Centro segue como principal destino das compras natalinas, escolhido por 42,9% dos entrevistados. As compras pela internet aparecem em segundo lugar, com 22,2%, seguidas pelos shoppings, que concentram 15,7% da preferência. O comércio de bairro foi citado por 7,9%, enquanto 10,7% ainda não definiram onde irão comprar.
A pesquisa também mostra que 79,4% dos consumidores costumam pesquisar preços antes de efetivar a compra. Entre esses, 47,7% realizam a pesquisa em shoppings e 31,8% utilizam a internet como principal ferramenta de comparação.
Quanto gastar e forma de pagamento
O tíquete médio das compras tende a ser mais baixo. Segundo o levantamento, 43,5% dos consumidores pretendem gastar até R$ 100 por presente. Outros 22,5% estimam gastos entre R$ 100 e R$ 200, enquanto 19,9% afirmam que devem desembolsar valores acima de R$ 300.
A forma de pagamento predominante deve ser à vista, escolhida por 56,6% dos entrevistados. O parcelamento no cartão de crédito aparece com 27,2%, seguido pelo Pix, com 14%. O carnê de loja representa apenas 2,2% das intenções.
O que comprar e quem presentear
Roupas lideram a lista de itens mais procurados para o Natal, citadas por 48,4% dos entrevistados. Em seguida aparecem brinquedos (19,5%) e calçados (17,3%). Outros produtos e serviços somam 10,4% das intenções de compra.
Os filhos são os principais destinatários dos presentes para 37,4% da população, seguidos pelos pais (22,6%) e netos (12,5%). A maioria deve presentear de uma a três pessoas, embora 24,7% afirmem que pretendem comprar presentes para quatro ou mais pessoas. Já 7% disseram que não devem presentear neste Natal.
A instabilidade de preços é apontada como o maior obstáculo para as compras natalinas por 35,6% dos entrevistados. A falta de dinheiro no orçamento familiar aparece logo em seguida, com 30%. O desemprego (10,9%) e o endividamento (9,7%) também são citados como fatores que limitam o consumo.






