O Ministério Público do Acre (MPAC) decidiu endurecer a apuração sobre denúncias de invasão de terras, desmatamento e exploração ilegal de madeira na região do Rio Crôa, em Cruzeiro do Sul. O procedimento, que já tramitava há mais de 180 dias, foi convertido em inquérito civil, ampliando o alcance das investigações e abrindo caminho para possíveis medidas judiciais. As informações são do diário eletrônico da instituição desta sexta-feira, 12.
A decisão foi assinada pelo promotor de Justiça substituto Flávio Augusto Godoy, que destacou a necessidade de aprofundar diligências para esclarecer os fatos. Entre as suspeitas estão retirada irregular de madeira e abertura de ramal em área sensível, o que pode causar danos ambientais e atingir interesses coletivos protegidos pela Constituição.
Com a conversão, o Ministério Público poderá intensificar a coleta de provas, como depoimentos, inspeções, perícias e requisição de documentos. O inquérito também servirá de base para eventuais recomendações, termos de ajustamento de conduta (TAC), ajuizamento de ação civil pública ou até o arquivamento, caso não sejam confirmadas as irregularidades.
O despacho ainda aponta que ofícios enviados a órgãos e instituições seguem sem resposta, o que motivou a ampliação do prazo e das medidas investigativas.






