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Desconforto intestinal: nem sempre a culpa é do glúten

Estudo em 16 países, incluindo o Brasil, conclui que 10% da população avaliada declara-se sensível à proteína do trigo, mesmo sem diagnóstico. Retirar o ingrediente sem acompanhamento pode criar mais problemas que os sintomas iniciais.

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
14/12/2025 - 16:30
O glúten não é o único ingrediente do trigo que pode causar sintomas como inchaço e dor abdominal, e só deve ser eliminado sob supervisão - (crédito: RawPixel/Divulgação )

O glúten não é o único ingrediente do trigo que pode causar sintomas como inchaço e dor abdominal, e só deve ser eliminado sob supervisão - (crédito: RawPixel/Divulgação )

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Mesmo sem diagnóstico de doença celíaca nem alergia alimentar, uma em cada 10 pessoas no mundo relata sintomas atribuídos ao consumo de glúten. A conclusão é do primeiro levantamento mundial, que analisou 25 estudos de 16 países, incluindo o Brasil, com 49 mil participantes, publicada na revista Gut. Segundo os autores, o fenômeno cresce globalmente e levanta dúvidas sobre o quanto da percepção de intolerância à proteína do trigo está realmente associada ao ingrediente ou a outros fatores.

Descrita como “sensibilidade ao glúten não celíaca”, a prevalência média da condição autorrelatada é de 10,3%. Os autores, porém, encontraram uma variação significativa: países como Chile registram taxas muito baixas (0,7%), enquanto a Arábia Saudita chega a quase 36%. O Brasil segue o padrão mundial, com 10,5% da população apontando algum sintoma relacionado ao consumo do trigo sem diagnóstico fechado.

Os autores do estudo, da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, destacam que 40% das pessoas que relatam a condição adotaram dietas sem glúten, mesmo sem orientação médica nem diagnóstico confirmado. “A sensibilidade sem doença celíaca não tem marcadores laboratoriais reconhecidos e, por isso, o diagnóstico é feito por exclusão”, escreveram.

Inchaço
Apesar de ser frequentemente relacionada a desconfortos digestivos, a sensibilidade ao glúten envolve manifestações em outras partes do corpo. A revisão aponta que os sintomas gastrointestinais mais comuns são inchaço abdominal (71%), dor (36%), constipação e diarreia. Entre os extraintestinais, aparecem fadiga, dores de cabeça e articulares.

Fernanda Soubak, médica pediatra especialista em alergia e imunologia da plataforma de consultas Inki, destaca que sensibilidade ao trigo não é a mesma coisa que alergia, uma condição que afeta 0,8% da população mundial, segundo o artigo publicado na Gut. “A alergia é uma reação imediata mediada por anticorpo e ocorre de minutos a até duas horas após o contato. Pode ser grave”, diz. “Já a sensibilidade ao glúten não celíaca (SGTNc) não tem mecanismo imunológico envolvido, tem sintomas vagos, inespecíficos e algumas vezes subjetivos, e ocorre de horas a dias após a ingestão.”

Muitas vezes, os sintomas associados à SGTNc podem estar relacionados a outros nutrientes, incluindo diversos componentes do trigo. “Nem sempre a culpa é do glúten”, alerta Gabriel Moliterne, nutricionista do Hospital Albert Sabin, em São Paulo. “Por exemplo, em um estudo feito na Noruega com pacientes que se diziam com SGTNc, o que causava os sintomas não era o glúten, mas certos açúcares chamados fructanos, que existem no trigo”, observa.

Fermentáveis
Os fructanos também estão em diversos alimentos, como alho, cebola, brócolis, beterraba, melancia e figos secos, entre outros. Formados por cadeias de frutose não totalmente digeridas pelo intestino delgado, são fermentados no cólon por bactérias, provocando sintomas como inchaço e dor abdominal. Fazem parte de um conjunto de grupo de carboidratos fermentáveis conhecidos como FODMAP.

Thaís Fernanda Gomes, nutricionista clínica especialista em gastroenterologia do Hospital Samaritano Higienópolis, em São Paulo, esclarece que, para diferenciar a sensibilidade ao glúten da intolerância a FODMAPs, é preciso fazer uma análise clínica minuciosa. “O método utilizado para identificar essas condições é uma abordagem em três fases, compostas por uma triagem inicial e completa, exclusão de diagnósticos alternativos e avaliação dietética completa com protocolos de eliminação e reintrodução gradual, sempre com o acompanhamento de um nutricionista”, diz.

Retirar o glúten por conta própria por acreditar ser sensível à proteína pode causar mais problemas do que os sintomas iniciais do paciente. “Entre outras coisas, aderir a uma dieta isenta de glúten pode provocar aumento de peso, já que os produtos sem glúten industrializados muitas vezes contêm mais açúcar, gorduras saturadas e calorias”, alerta Thaís Fernanda Gomes. “Também podem ocorrer efeitos negativos na microbiota, visto que a baixa ingestão de fibras, prebióticos e menor diversidade alimentar podem comprometer a saúde intestinal.”

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Metabolismo
Por fim, a nutricionista afirma que a dieta sem glúten feita por conta própria também pode aumentar o colesterol e o triglicerídeos e ocasionar resistência à insulina e síndrome metabólica. Gabriel Moliterne, nutricionista do Hospital Albert Sabin, lembra que a retirada da proteína sem indicação também tem consequências nutricionais negativas.

Segundo Moliterne, uma revisão científica recente constatou que a prática é associada frequentemente à deficiência das vitaminas B12 e B9 (folato) de ferro. “Isso acontece porque pão integral normal é rico em vitamina do complexo B. Quando você tira esse alimento sem substituir por algo equivalente à sua ingestão nutricional, pode acontecer de as taxas desses nutrientes caírem bastante.”

Algumas das consequências da deficiência de B12 e folato são exatamente aquelas atribuídas ao glúten: fadiga, fraqueza e formigamento. “Não estou dizendo que tem de comer pão todos os dias, esse alimento é totalmente substituível, mas precisamos de um protocolo de substituições, e não sair cortando as coisas.”

Por Correio Braziliense

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