O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se pronunciou após ter o mandato cassado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por meio da Mesa Diretora da Casa, na tarde desta quinta-feira (18/12).
“Acabaram de cassar o meu mandato. Não por corrupção, por ter encontrado dinheiro na minha cueca ou por envolvimento com o tráfico de drogas. Aliás, muito pelo contrário. Cassaram o meu mandato por eu fazer exatamente aquilo que os meus eleitores esperam de mim. Então, eu deixo aqui o meu muito obrigado a todos vocês que não somente votaram em mim e me fizeram o deputado federal mais votado de toda a história do Brasil”, disse em vídeo publicado nas redes sociais.
O parlamentar afirmou que, apesar de haver quem diga que sua permanência nos Estados Unidos foi uma opção pessoal, ele considera que a decisão “valeu a pena” e que trouxe, segundo ele, “consequências reais” para o que chamou de ditadores, em referência a sanções dos EUA a autoridades brasileiras.
“Pra mim o que fica, na verdade, é uma medalha de honra, não é a perda de um mandato. E eu tenho certeza que essa história não acabou (…). E, certamente, com apenas 41 anos de idade, ainda haverá muitos capítulos dessa linda história”, disse.
Eduardo também alfinetou os deputados que compõem a Mesa Diretora da Câmara e votaram pela cassação de seu mandato.
“Ainda durante a eleição de 2022, eu pedia votos para outros candidatos a deputado federal pelo estado de São Paulo para fazer uma bancada grande. E eu atingi o meu objetivo, porque eu jogo pro grupo. E eu tenho a certeza que eu fiz o certo, e isso é que é o mais importante. Mesmo sabendo agora que os deputados federais beneficiados, que não seriam eleitos se tivessem outro partido, estejam hoje votando para cassar o meu mandato”, afirmou.
O documento foi publicado com as assinaturas de: Carlos Veras (PT-PE), primeiro-secretário; Lula da Fonte (PP-PE), segundo-secretário; Delegada Katarina (PSD-SE), terceira-secretária; Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), primeiro suplente de Secretário; Paulo Folleto (PSB-ES), segundo suplente de secretário, e Dr. Victor Linhalis (Podemos-ES), terceiro suplente de secretário.
Ramagem foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 16 anos e 1 mês de prisão por participação na trama golpista. Em setembro, ele fugiu para os Estados Unidos e é considerado foragido da Justiça brasileira.
Já Eduardo Bolsonaro está autoexilado nos Estados Unidos desde fevereiro, sem autorização para votar à distância. Ele teve o mandato cassado pelo acúmulo de faltas na Câmara. O parlamentar chegou a tentar exercer a função remotamente ao se tornar líder da minoria, mas a manobra foi barrada pelo próprio Motta. Com isso, as ausências passaram a ser oficialmente contabilizadas.
Por: Metrópoles








