A atriz Carol Garcia, intérprete de Elize Matsunaga na série Tremembé, do Prime Video, abriu o jogo sobre a próxima temporada da produção, que retrata o cotidiano de alguns dos criminosos mais conhecidos do país no “presídio dos famosos”.
Até o momento, a plataforma ainda não divulgou informações oficiais sobre os rumos da história. O que já se sabe é a inclusão de um novo personagem: o ex-jogador Robinho, condenado a nove anos de prisão por participação em um caso de estupro coletivo.
Em entrevista ao Metrópoles, Carol confirmou que retornará à série, mas afirmou que ainda não teve acesso ao roteiro. Mesmo com o clima de mistério, a atriz demonstrou entusiasmo com a continuidade do projeto.
“A gente sabe que vai rodar no primeiro semestre, mas ainda não temos uma data fechada, nenhuma previsão concreta. A verdade é que estou muito curiosa para saber o que eles vão fazer no roteiro da segunda temporada. Mandei mensagem para o Ullisses Campbell (roteirista da série), perguntei, e ele não me contou. Disse que é segredo”, contou.
“Estou desesperada para descobrir, mas tenho muita certeza de que eles estão preparando algo muito especial, porque é uma equipe muito bem direcionada, empenhada e animada. Eles estão empolgados com essa segunda temporada, então isso dá a sensação de que vem coisa boa por aí”, completou.
Questionada sobre o que Tremembé ainda poderia explorar no caso de Elize, a atriz afirmou que gostaria de ver o julgamento retratado na trama.
“A vida da Elize tem muitas camadas. Existe tudo o que aconteceu antes do crime, que a série não mostra, existe o próprio crime. E, na primeira temporada, mostramos principalmente o período de cárcere. Mas, por exemplo, todo o processo de julgamento era algo que eu tinha muito interesse em ver retratado.”
Crime de Elize Matsunaga
Durante a conversa, Carol Garcia também refletiu sobre o crime cometido por Elize Matsunaga — condenada por matar e esquartejar o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, diretor da Yoki, em 2012. Na época, ela alegou legítima defesa.
Após o lançamento de Tremembé, reacendeu-se o debate sobre a condenação e sobre os casos de feminicídio no Brasil. Somente neste ano, mais de 1.,1 mil mulheres foram vítimas desse tipo de crime no país. As informações são do site do Senado.
“O caso da Elize chama muita atenção porque, de fato, é um crime brutal. Ela matou e esquartejou uma pessoa. Mas lembro que, durante as filmagens de Tremembé, uma figurante me contou que um caso parecido havia acontecido com a vizinha dela naquela mesma semana — só que, dessa vez, a vítima era a mulher. E aquele homem estava solto. Ele matou e esquartejou a mulher e continuava em liberdade”, refletiu.
“Tudo isso revela um debate muito complexo e profundo. Mas, com a quantidade de crimes que vieram à tona nos últimos dias, acredito que estamos falando mais sobre o assunto — e, quem sabe, isso ajude a impulsionar políticas públicas mais efetivas para proteger as mulheres”, completou.
Nas últimas semanas, uma série de casos de violência contra a mulher voltou a chocar o país. Entre eles está o de Tainara Souza Santos, 31 anos, que teve as duas pernas amputadas após ser atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro pelo ex-companheiro.
Outro episódio brutal é o de Isabele Gomes de Macedo, 40 anos, cuja casa foi incendiada pelo companheiro enquanto ela e os quatro filhos — com idades entre 1 e 7 anos — estavam dentro. A mulher e as crianças morreram carbonizadas.
Carreira
Após o sucesso em Tremembé, Carol revelou os próximos passos da carreira. A atriz ressaltou a paixão pelas novelas e revelou que deseja participar de mais séries.
“Fazer novela é sempre muito gostoso, né? Eu fiz duas novelas completas e participei de Amor Perfeito, que foi uma participação grande, mas ainda assim uma participação. Eu adoraria voltar a fazer novela, mas também estou bem interessada em séries — em aprofundar as personagens com uma preparação mais longa”, adiantou.
“Eu também sou rata de teatro, né? Eu amo o palco. Estou escrevendo uma peça. Não tenho nada ainda — não tenho patrocínio, não tenho equipe —, só tenho minha cara de pau e um computador para escrever. Mas é um desejo muito forte meu voltar ao teatro”, finalizou.
Por Metrópoles
